A virada do ano simboliza, para muitos, fechamento de ciclo, como se tudo o que foi vivido pudesse ficar guardado, trancado a sete chaves, na caixinha do ano que passou. Brindamos com amigos e familiares na esperança que tudo se renove. A fé nos move na expectativa de que “dias melhores virão”.
Tivemos um ano especialmente difícil. 2022 poderia sim ser apenas uma lembrança doída, mas teremos que enfrentar os resultados das escolhas que fizemos. A retrospectiva mostra um pouco do que vivenciamos neste ano, tão caótico, com a Covid-19 ainda assombrando o planeta, com eleições tumultuadas e que até agora são contestadas por grande parte da população, com ações do nosso judiciário que desafiam a Constituição. Tivemos a Copa do Mundo, que poderia abrandar os ânimos exaltados pela situação política do país, mas nos deparamos com uma seleção brasileira imatura, que desencantou torcedores já nas quartas de finais e enterrou o sonho do hexa.
Nosso ano não foi fácil, nos resta agora esperar que 2023 chegue com a energia mais positiva. As previsões apontam muitos desafios a serem enfrentados, mas prevê cidadãos mais espiritualizados e buscando entendimento. Talvez esteja aí o segredo para que à zero hora do dia 1º de janeiro saibamos qual é o nosso propósito para os próximos 365 dias, enquanto a terra completa sua volta em torno do sol: sabedoria, paciência e espiritualidade.