A notícia do tombamento do Centro Histórico de Castro pegou muita gente de surpresa, para não falar uma comunidade inteira, que passou inerte ao processo de aprovação do projeto. Imaginar que o poder executivo municipal não tinha conhecimento do fato, ocorrido em 4 de agosto do ano passado e publicado em Diário Oficial, em 19 de setembro, é impensável, já que o Município teria participado, inclusive, realizando pareceres técnicos a respeito de áreas envolvidas. E, porque então não teria feito divulgação ampla, já que o assunto é de interesse público?
A quem interessa que uma notícia dessas passe desapercebida pelos proprietários de imóveis que serão afetados? Ou ainda, pelos empresários, que terão limitações importantes que poderão impactar o crescimento e o desenvolvimento de seus negócios? Ou, simplesmente pelos moradores, que terão que pedir autorização para qualquer reforma simples em seus lares? E os investidores? Estes, talvez não se tenha mais notícias.
Há pouco mais de 20 anos, a população se mobilizou contrariamente ao processo de tombamento por zoneamento. Centenas de pessoas foram às ruas pedir o fim do processo da forma como estava. Mas, os castrenses não foram ouvidos e agora terão que correr atrás do prejuízo se não quiserem ver Castro padecer nas mãos daqueles que ignoram a vontade popular.
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