EDITORIAL: CONCURSOS DE BELEZA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Em Castro, a seleção de Laurielly Bachmann como representante para o Miss Paraná Globo 2024 destaca não apenas a beleza, mas a busca por uma representante capaz de comunicar ideias e valores da comunidade em um palco mais amplo. A escolha de Thaís Fernanda Bonfim dos Santos como Miss Elegância e de Ana Júlia Carneiro de Souza como Miss Simpatia reforça o valor de características como a graciosidade e a capacidade de engajar o público, respectivamente.
Os concursos de beleza, que têm suas origens no século XIX, eram inicialmente critiquados como meras exposições de beleza física. No entanto, ao longo das décadas, eles se transformaram, refletindo as mudanças nas normas sociais e nos valores culturais. Hoje, além de valorizar a aparência física, esses eventos enfatizam a educação, o empoderamento feminino, e as habilidades de liderança.
A valorização da comunicação, da postura e da elegância no concurso de Miss Castro, por exemplo, demonstra um reconhecimento de que a beleza é multifacetada. Ao premiar a habilidade de comunicação das candidatas, o evento promove a articulação de ideias e a expressão pessoal, habilidades essenciais em qualquer ambiente profissional ou social.
Os prêmios oferecidos – R$ 10 mil para a vencedora e quantias menores para os títulos de Miss Elegância e Miss Simpatia – também destacam um aspecto prático desses concursos. Eles podem fornecer recursos que possibilitam às vencedoras investir em sua educação ou empreendimentos pessoais, ampliando o impacto de suas conquistas para além dos aspectos culturais e sociais.
No entanto, é crucial que a sociedade continue a refletir sobre o papel desses concursos. Apesar dos avanços, a percepção de que a beleza ainda é um critério primordial pode perpetuar estereótipos e pressões estéticas. Portanto, a evolução constante dos critérios de seleção e a inclusão de diversidade são fundamentais para que esses eventos continuem a ser relevantes e positivos.
