Venda e aluguel de imóveis comerciais tem queda elevada

Venda e aluguel de imóveis comerciais tem queda elevada

Luana Dias
Especial Página Um News

O setor imobiliário está entre os que foram bastante afetados pela pandemia do novo coronavírus. No Estado do Paraná, 2020 começou promissor, e quem trabalha com a venda e com o aluguel de imóveis iniciou o ano otimista. Era para ser o período de recuperação e retomada, já que o ano passado deixou tudo encaminhado para o aquecimento do mercado, mas aí veio a pandemia e os planos mudaram, tanto de quem pretendia vender, como de quem se preparava para comprar.
De acordo com especialistas, os fatores que faziam acreditar em um 2020 favorável para a venda de imóveis no Estado, eram principalmente o aumento nas ofertas de emprego e aumento de renda, retomada do crédito imobiliário e créditos a juros baixos, e expectativa pelo controle da inflação.
Conforme o resultado de estudos recentes aos quais a reportagem teve acesso, as vendas foram mais afetadas do que os alugueis, quando se fala em imóvel residencial, já que as pessoas que moravam em imóveis alugados, ainda precisam de um teto, sobretudo, se estiverem trabalhando ou ocuparem o espaço junto a outros familiares, é o caso de quem saiu da casa dos pais para formar uma família, por exemplo, ou de quem mudou-se de cidade para trabalhar.
Mas, as pesquisas também apontam que o aluguel de imóveis comerciais caiu consideravelmente no primeiro semestre deste ano. Além de muitas empresas estarem fechando as portas, alguns micro e pequenos empresários também passaram a fazer o chamado ‘home office’, ou seja, estão trabalhando em casa, ou ainda, mudando o formato da atividade, para não pagar mais aluguel. Ocorre, por exemplo, com quem alugou espaço para a montagem de uma loja e roupas e calçados, e agora prefere vender de porta em porta, e, para economizar, esses empreendedores acabaram devolvendo o imóvel locado. Segundo as pesquisas, em algumas cidades do Estado, o cenário de aluguel de imóveis comerciais voltou a ser semelhante ao que ocorria há três anos, quando o Brasil dava passos para sair de uma grande recessão.
Já no cenário de vendas, a redução chega na casa dos 40%. Foi o que explicou à reportagem o delegado distrital do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI), Walter Hampf. Conforme descreveu ele, “o mercado está paralisado, e com pouca procura”. E, o impacto vem sendo sentido desde o início da pandemia, com medo do que viria no pós-quarentena, as pessoas congelaram o plano da casa própria, algumas das que estavam se preparando para investir inclusive, agora estão desempregadas ou na iminência de sair do emprego, ou tiveram a renda reduzida, assim, apertar a mão do vendedor, naquele simbolismo clássico de quem acaba de fechar um negócio, é algo que vem sendo adiado por tempo indeterminado.

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