Vacina bivalente começa ser aplicada em fevereiro

Vacina bivalente começa ser aplicada em fevereiro

Matheus de Lara

O Ministério da Saúde divulgou na semana passada, que a partir de 27 de fevereiro, as pessoas serão vacinadas com o reforço do imunizante bivalente da Pfizer. Inicialmente, a vacinação ocorrerá em grupos prioritários, sendo na fase 1 para pessoas com 70 anos ou mais, moradores de instituições de longa permanência (ILP), imunocomprometidas, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas; fase 2 em idosos entre 60 a 69 anos; fase 3 em gestantes e puérperas e na fase 4 em profissionais da saúde.

A reportagem do Página Um News questionou a secretária municipal de Saúde, Maria Lidia Kravutschke, se em Castro a aplicação dessas doses já começa em fevereiro. Segundo ela, ainda não chegou nenhuma orientação sobre o assunto, mas disse que está sabendo da nova vacina.

Nesta terça-feira (31), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido de registro definitivo da vacina Comirnaty bivalente BA.4/BA.5. O imunizante já havia sido autorizado de forma emergencial em novembro do ano passado. Podem receber a vacina quem tomou as duas doses. De acordo com a Anvisa, o imunizante está autorizado para uso a partir dos 12 anos. A vacina deverá ser aplicada a partir de três meses após reforço anterior.

O médico castrense, Matilvani Moreira, ressaltou a importância da nova vacina. Ele explica que a vacina tem em sua composição os componentes do vírus original que surgiu na China e da Ômicron, que produzem a imunidade. Segundo o médico, o Brasil comprou essa vacina para que seja mais eficaz na imunização, o que não quer dizer que os outros imunizantes perderam o seu papel. “Existe as vacinas que ainda vão continuar sendo usadas, e uma coisa não exclui a outra. É um avanço da ciência, as vacinas anteriores também protegem contra a cepa da Ômicron”, disse Matilvani.

A vacina foi elaborada para oferecer mais proteção contra a Ômicron e suas variantes. “Com essa nova vacina é mais um contexto tecnológico. Porque você já tem a vacina que protege do vírus de Wuhan, e no decorrer do período foram surgindo variantes, com isso a ideia de fazer a vacina bivalente”, ressalta o médico.

Matilvani explica que a ciência está evoluindo, depois que começou a produzir vacinas contra a cepa na China. “Novas cepas vão surgir e com isso novas vacinas precisam ser feitas. Por exemplo, a da gripe, sofre muitas mutações e isso é bastante comum no vírus que evolui e vem a sofrer diversas mutações”. Para o médico, o vírus da Covid-19 tem grande capacidade de mutação e não se sabe quando vai surgir uma nova variante e como vai ser. “Cada mutação que acontece é uma surpresa para gente, onde pode ser uma cepa que não causa doenças graves, ou ela pode ser extremamente violenta que causa doenças graves, é só com o tempo para dizer”, explica Matilvani.

Covid

O médico acredita que a população vai viver com a Covid por um determinado tempo, mas avalia que o cenário atualmente no país está mais favorável, em comparação aos anos anteriores. “O número de mortalidades caiu, doenças graves diminuíram, existe uma combinação da cepa ômicron onde é menos agressiva, mas também existe a questão da vacinação onde o Brasil aplicou mais de 500 milhões de doses de vacinas, as pessoas buscaram se vacinar, e quem está vacinado está protegido”, disse Matilvani.

Sobre aglomerações, Matilvani esclarece que sempre haverá preocupações. “As pessoas tem que entender que vamos conviver com esse vírus, e a melhor maneira para combater a Covid são as vacinas, e em casos essenciais fazer distanciamento, isolamento, e uso da máscara. Cuidar da saúde, fazer atividade físicas e ter boa qualidade de vida aumenta a imunidade. As vacinas são extremamente seguras, e o mundo já aplicou mais de 5 bilhões de doses”, conclui.

Redação Página 1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: O conteúdo é de exclusividade do Página 1 News.
× Fale com o P1 News!