Três professores da UEPG estão entre os 200 pesquisadores mais influentes do mundo

Três professores da UEPG estão entre os 200 pesquisadores mais influentes do mundo

Da assessoria

Ponta Grossa– Professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) estão entre os 200 pesquisadores mais influentes do mundo. A lista cita os docentes Luiz Fernando Pires, do Departamento de Física; e Alessandra Reis e Alessandro Dourado Loguercio, ambos do Departamento de Odontologia, como os que mais produziram artigos ou foram citados em trabalhos nos últimos anos. O ranking é da Universidade de Stanford, da Califórnia (EUA), que publica dados anualmente pela Editora Elsevier, com base na plataforma Scopus, principal banco global de resumos e citações científicas.

O estudo tem como objetivo avaliar o impacto das produções acadêmicas de diferentes países e continentes, em 22 grandes áreas e 176 campos específicos do conhecimento. A classificação considera o número de citações e artigos publicados pelos pesquisadores desde o início das carreiras acadêmicas até 2021.

O campo de pesquisa sobre clareamento dental e adesão dentária após restaurações está fortalecido com os professores Alessandro e Alessandra. Ambos fazem parte do projeto Bleaching&Bond, que busca avaliar diferentes protocolos de tempo de aplicação do gel clareador durante o clareamento de consultório. “Com essa pesquisa, a gente consegue fazer com que o procedimento odontológico dure mais tempo e isso reduz custos para instituições, no que se refere ao tratamento odontológico”, ressalta Alessandra.

De acordo com Loguercio, cerca de 80% das pessoas que realizam clareamento ficam com sensibilidade dental. “Nossa pesquisa busca diminuir isso”, destaca. Os docentes ainda pesquisam formas de melhorar adesivos odontológicos, que são utilizados para aumentar a adesão dos materiais no momento de restauração dentária. “Se 90% das extrações são feitas com sistemas adesivos e mais 70% das falhas são na interface adesiva por conta de cárie, desenvolver um adesivo que seja antimicrobiano, que seja mineralizante, certamente vai melhorar a longevidade”, informa o professor.

“Como professora de uma Universidade Pública, me sinto bastante honrada e esse reconhecimento representa um trabalho conjunto, com muitas pessoas, muitos alunos que estão envolvidos em pesquisa, muitos outros professores, além da doação de materiais de empresas”, agradece Alessandra. Reconhecer que o ranking é resultado de trabalho em conjunto também é foco da fala de Alessandro. “É uma vitória coletiva, com alunos egressos, da graduação, do mestrado, doutorado, que foram citados e relacionados ao meu nome, então é fruto de um trabalho em conjunto”, frisa.

No Departamento de Física da UEPG, o professor Luiz Fernando Pires se dedica a pesquisas na área de física ambiental, com ênfase na análise do solo. “Os estudos buscar verificar o impacto ambiental de diferentes usos do solo na escala de micrômetros [unidade de medida]. Os dados obtidos pela tomografia são utilizados para analisar como o sistema poroso do solo é afetado por processos naturais e antrópicos [ação realizada pelo homem]”.

O professor atua nos Programas de Pós-Graduação em Ciências/Física e de Geografia, além de projetos de pesquisa, como o Física Aplicada a Solos e Ciências Ambientais (Fasca). “Algumas das pesquisas que o grupo realiza estão sendo conduzidas em parques ambientais ou na região da Amazônia”, destaca. Para ele, ser cientista no Brasil não é uma tarefa fácil. “Muitas vezes a falta de recursos financeiros faz com que as pesquisas não fluam como deveriam, mas a Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade realiza inúmeras pesquisas com impacto direto, para a melhoria do bem-estar das pessoas e para um uso mais sustentável dos recursos que dispomos no planeta”.

Para Luiz, fazer parte da lista de pesquisadores mais influentes mostra o esforço conjunto de toda a Universidade. “Sem a ação do Departamento, projetos e programas, certamente não seria possível fazer parte de tal lista, a qual possui a colaboração de meus colegas de grupo de pesquisa, meus orientados, pesquisadores que já formamos no grupo e demais colaboradores científicos nacionais e internacionais”, completa. A lista pode ser conferida no link aqui.

Redação Página 1

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