Travessia segura: Passarela sobre a Rodovia PR-151 já é utilizada por moradores

Travessia segura: Passarela sobre a Rodovia PR-151 já é utilizada por moradores

Emerson Teixeira
Especial P1 News

Carambeí – A passarela construída sobre a rodovia PR-151, no perímetro urbano de Carambeí, nas proximidades da antiga prefeitura, já está sendo utilizada pela comunidade para a travessia, colocando fim a espera de décadas e um histórico de atropelamentos e mortes.

Essa é a expectativa na teoria, na prática já foram registrados flagras de pessoas que continuam a atravessar pelo nível da pista, colocando em risco a própria segurança e dos motoristas que trafegam pela pista. Flagrante registrado e enviado à reportagem do Página Um News mostra um ciclista atravessando a rodovia no trecho onde inicia a grade, instalada no canteiro central, justamente para obrigar os pedestres a utilizarem a passarela para travessia em segurança.

Outro ciclista, Leonardo do Rocio Canabarro Machado, morador do Bairro Boqueirão e funcionário de uma indústria de alimentos, dá o bom exemplo e utiliza diariamente a passarela para travessia da rodovia para ir ao trabalho. “Essa passarela ficou muito boa, excelente, só a única coisa é ter que descer da bicicleta para entrar ou sair da passarela, mas isso é por causa das motos, proibir a passagem delas”, descreve. Leonardo faz um pedido às autoridades responsáveis que ampliem a instalação do gradil central até a entrada do Boqueirão. “O pessoal continua cruzando no trevo, os carros não param, vai ter atropelamento e acidente na rotatória, tem que fechar ‘lá’ também”, acrescenta o ciclista.

Já a moradora do Jardim Novo Horizonte, Soeli Fagundes dos Santos, faz o caminho contrário de Leonardo. Ela que trabalha em um restaurante do outro lado da rodovia e também faz a travessia diariamente, diz que “foi a melhor coisa que fizeram, já deveria há muito tempo ter sido construída essa passarela. É mais segurança pra nós que atravessamos todo dia por aqui”, frisa.

Para José Ricardo de Oliveira, morador de Carambeí há 42 anos, foi uma das vozes que protestaram ao longo dos anos para chamar atenção das autoridades para a importância da construção da passarela. “Pude acompanhar todo o desenvolvimento de Carambeí ao longo dos anos, desde a emancipação. Uma coisa que, com o crescimento da cidade trouxe transtorno para a população, é a rodovia que corta a cidade, principalmente para os moradores do Boqueirão e Jardim Brasília. Muitas vidas foram perdidas vítimas de atropelamento; fizemos várias manifestações em prol da construção, promessa de vários prefeitos e agora na última gestão do [ex-prefeito] Osmar Blum, por ele ser bem articulado e ter um bom contato com o deputado [federal licenciado e secretário de Estado da Infraestrutura e Logística] Sandro Alex, apresentou o pedido. Nós, enquanto população, também procuramos pessoalmente o secretário. Eu abordei ele e tive a resposta que teríamos a passarela, foi uma promessa cumprida. Hoje temos a passarela pronta, sendo utilizada pela população, uma luta de várias autoridades, vereadores, ex-vereadores. Como morador estou satisfeito com a realização da obra, mas também peço a consciência dos moradores em utilizar a passarela para a travessia em segurança”, lembra

Intervenção

O secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, se tornou um personagem que merece destaque nessa história, graças a sua intervenção que a construção da passarela foi incluída no acordo de leniência entre o Ministério Público Federal (MPF) e empresas investigadas pela Operação Integração, um desdobramento da Operação Lava Jato.

“Muitos duvidaram que nós faríamos, assumi um compromisso com a população que eu faria; de alguma forma o Governo do Estado do Paraná iria garantir essa obra, nós conseguimos então incluir a obra da passarela em um dos acordos de leniência e isso foi realizado porque a determinação foi dada ao Governo do Paraná, que escolheria quais eram os pontos e incluímos Carambeí. Foi uma exigência nossa na escolha das obras, priorizar vidas”, pontuou o secretário.

Custo

O investimento para execução do projeto gira em torno de R$ 2,2 milhões, com fundação em concreto e estrutura metálica, atendendo a todas as recomendações estabelecidas nas normativas técnicas e de acessibilidade vigentes no Brasil.

Redação Página 1

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