Sem repasses federais, obra da Escola Tônia segue paralisada

Sem repasses federais, obra da Escola Tônia segue paralisada

Da redação

Carambeí – O que era um sonho próximo de se tornar realidade virou pesadelo. Esse é o resumo do cenário no Bairro Boqueirão após a paralisação das obras de construção da sede própria da Escola Municipal Tônia Harms, que já dura cerca de dois anos, por falta de repasses do Governo Federal.

Uma mãe de aluno, que pediu para não ser identificada, relata que assim como ela, todas as mães aguardam ansiosas pela conclusão da obra e aponta para um problema antigo que é utilização atual do mesmo prédio pela escola municipal e pelo Colégio Cívico Militar Eurico Batista Rosas, situação que prejudica as duas instituições de ensino. “Gostaria muito que dessem prioridade, as crianças do infantil ao quinto ano estão sem espaço adequado, ficam aglomeradas, as salas estão cheias, de 25 a 30 alunos em cada sala, e sabemos das dificuldades dos alunos e professores. Do outro lado vemos uma obra maravilhosa parada, que poderia estar proporcionando mais conforto para nossas crianças. Ninguém quer aparecer ou ficar cobrando, só queremos o que é de direito das nossas crianças, nós precisamos de um espaço melhor, só para os alunos do município, com mais conforto e segurança para todos. Por favor, vamos pensar nas crianças com muito amor e carinho, elas merecem”, desabafa.

Sonho

A sede própria da Escola Municipal Tônia Johana Harms é um sonho antigo da comunidade do bairro Boqueirão e região e previa inicialmente investimentos em torno de R$ 4 milhões oriundos do Ministério da Educação (MEC). A obra iniciada em 2019 tinha a previsão de conclusão no início de 2021, mas já se passaram mais de um ano e a construção segue paralisada.

O projeto já foi executado em mais de 62% do total e consumiu recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na ordem de R$ 1,4 milhão. Segundo dados divulgados recentemente pela Prefeitura de Carambeí, o governo federal, que é responsável por 100% dos recursos, não liberou mais os pagamentos para a empreiteira que ficou com um saldo a receber de mais de R$ 2 milhões, o que forçou a empresa paralisar a construção.

Retomada

A prefeita Elisangela Pedroso havia anunciado durante reunião com representantes da Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF da Escola Municipal Tônia Harms, direção escolar e vereadores que existe um movimento político no estado para que as obras que são de responsabilidade da União sejam retomadas. “A bancada federal de deputados está conversando para que cada um dos trinta deputados direcione uma parte de suas emendas para arcar com essas obras paralisadas no estado”, disse.

Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Carambeí, o município realizou um reajuste de valores com a empreiteira, onde serão repassados cerca de R$ 900 mil de recursos próprios para o reequilíbrio do contrato, ou seja, atualização dos valores de gastos com a obra.

Redação Página 1

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