Paraná lidera testagem contra a Covid-19 e é referência para o País

Paraná lidera testagem contra a Covid-19 e é referência para o País

AEN

O Paraná alcançou o status de referência nacional na realização de testes do tipo RT-PCR ao longo deste um ano de pandemia da Covid-19 – os seis primeiros casos no Estado foram confirmados no dia 12 de março. Até a semana passada haviam sido processados aproximadamente 2,1 milhões de exames dentro das unidades paranaenses, média diária de 5.750 procedimentos – o modelo de testagem é considerado padrão ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para detecção do vírus SARS-CoV-2.

O volume faz do Paraná a unidade da Federação que mais testou no período. Cerca de 20% da população do Estado, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 11,5 milhões de habitantes, passou pelo exame. Até dezembro do ano passado, o Estado concentrava 35% de todos os diagnósticos do País.

“A estratégia de testagem em massa é de vital importância porque, com o diagnóstico da doença em mãos, permite iniciar o tratamento de maneira imediata, isolando aqueles tem tenham contraído o vírus. Isso evita que mais pessoas sejam infectadas”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Ele destacou que a formatação de uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, logo nos primeiros meses da crise sanitária, permitiu ao Paraná ampliar a capacidade de 120 testes/dia para os atuais 10.600/dia, um incremento de 8.730%.

Em abril do ano passado, a entidade carioca, o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e o Tecpar se uniram na implementação de uma Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 no Estado. O centro de processamento está localizado dentro do Parque Tecnológico do Tecpar, no câmpus da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), e garantiu escalabilidade à estratégia paranaense. 

A nova estrutura serviu de suporte para o Lacen, laboratório referência no Paraná para diagnósticos de todas as doenças que possam oferecer risco à saúde pública, e que antes concentrava a realização dos exames. O local, contudo, possuía capacidade operacional instalada limitada. Era de 120 testes RT-PCR diários, passando para 600 diagnósticos ainda nas primeiras semanas de pandemia.

“Passamos a ficar bem à frente dos demais estados com o apoio da Fiocruz e do IBMP, o que ajudou de maneira significativa no enfrentamento ao novo coronavírus”, destacou o governador. A Fiocruz tem quatro unidades nesses moldes – além do Paraná, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Ceará. A capacidade operacional é de 40 mil testes por dia.

Histórico

Há pouco mais de um ano, quando foram registrados os primeiros casos suspeitos no Paraná, o Laboratório Central do Estado (Lacen) realizava testes preliminares, enviando as amostras à Fiocruz, no Rio de Janeiro, para finalização dos laudos. 

Na sequência, com a demanda aumentando, o Lacen processava 300 exames por dia para, logo na sequência, dobrar a capacidade. Atualmente, com a parceria com o IBMP, o Paraná tem capacidade de processamento de 10,6 mil análises por dia. 

Até sexta-feira (12), quando a pandemia completou um ano no Estado, os laboratórios alcançaram 2.084.476 testes realizados. Média de pouco mais de 173 mil por mês. “Adotamos, por meio do Laboratório Central do Estado, a testagem como uma das principais estratégias de enfrentamento ao coronavírus. Consideramos que o teste RT-PCR garante o diagnóstico correto e o isolamento dos casos positivos”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“Isso reforça o grande esforço que o Paraná vem fazendo diante de várias frentes de trabalho e estratégias implantadas para enfrentar a Covid-19″, acrescentou. 

Rastreamento

Outra medida apontada pela Secretaria estadual da Saúde como fundamental no controle da Covid-19 foi o rastreamento de contatos de casos confirmados. O processo permite a identificação e o isolamento das pessoas que podem ter sido expostas a um caso confirmado ou suspeito. “Esta é uma ação importante para quebrar a cadeia de transmissão e conter o surto da doença”, explicou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Nasr.

Redação Página 1

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