Da Assessoria
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) começou nesta segunda-feira (10) uma rodada de levantamento no Paraná das perdas causadas pela estiagem em todas as regiões do Estado. A comitiva, que segue na estrada até sexta-feira (14), conta com a participação da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP) e de outras entidades representativas do agronegócio estadual. Neste primeiro dia, ocorreram reuniões nos municípios de Guarapuava, no Centro-Sul; Pitanga, no Centro-Sul; e Campo Mourão, no Noroeste (confira o itinerário completo abaixo).
A presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, está programada para o encontro de quinta-feira (13), em Cascavel, no Oeste do Estado. O presidente da FAEP, Ágide Meneguette, também participará da reunião neste mesmo dia, assim como outras lideranças políticas do agronegócio estadual e nacional. A cobertura completa de todas as reuniões, incluindo a de quinta-feira, poderá ser acompanhada pelo site do Sistema FAEP/SENAR-PR e pelas redes sociais da entidade.
Deral já prevê perdas bilionárias
O prejuízo à safra paranaense já é uma realidade, de acordo com projeções do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab). Relatório do dia 5 de janeiro aponta que somente na cultura da soja (principal fonte de renda da agricultura na primeira safra) a perda já está na ordem de 37%. Isso significa que a projeção inicial caiu de 21 milhões de toneladas para 13 milhões de toneladas. Caso se concretize essa previsão, a perda financeira deve passar dos R$ 21 bilhões.
No milho verão, a previsão parcial de quebra nesse mesmo relatório é de 34%. Esse percentual representa redução das 4,2 milhões de toneladas prevista inicialmente para 2,7 milhões de toneladas. Assim, é provável que os produtores deixem de receber R$ 2 bilhões.
Outras culturas, que também têm participação significativa na geração de renda ao campo paranaense, o feijão de primeira safra, que tem 100% da área plantada e 38% já colhida, a estimativa de colheita é de 107,6 mil toneladas, contra 275.795 toneladas projetadas inicialmente. Em valores, a perda deve superar R$ 429,2 milhões.