Em Ponta Grossa, mulher denuncia ao MPPR o Samu por não atender vítima que entrou em óbito dentro da residência

Em Ponta Grossa, mulher denuncia ao MPPR o Samu por não atender vítima que entrou em óbito dentro da residência

Da Redação*

Ponta Grossa – O MPPR instaurou na sexta-feira (18) procedimento administrativo para apurar ‘mensagem escrita’ em que a representante é Sandra Maria Prestes e o representado é o Estado do Paraná.

O caso se refere a morte de um homem de 40 anos, ocorrida em 9 de dezembro de 2023.

De acordo com essa ‘carta’, o Samu teria demorado a chegar, mas este não seria o maior problema. O Siate também teria comparecido ao local, mas não realizaram procedimento de reanimação.
A declarante transcreve que de manhã, enquanto ainda estava dormindo com seu esposo, ele passou mal e foi ao banheiro da residência. Ao conseguir abrir a porta, verificou que sangrava muito no lado esquerdo da cabeça, e também salivava bastante.

Com muita dificuldade, conseguiu acionar o Samu com o auxílio de seu filho, que após a chegada dos socorristas, relatou ao médico que atendeu a ocorrência que estava saindo espuma pela boca dele, indicando que seu esposo estava incomunicável. “Relata que a ligação caiu e que o Samu não chegou até a residência, sendo que a declarante necessitou solicitar auxílio de um vizinho, porém ele não conseguiu levar a vítima para o hospital. Declara, ainda, que possui deficiência visual e que não pode dirigir, o que impediu de levar seu esposo ao hospital. Que uma outra vizinha tentou ajudar, com massagem cardíaca e a declarante com respiração boca a boca. Que após um tempo, sem saber informar com exatidão, o Siate chegou ao local com uma maca, mas não fizeram nenhum procedimento de reanimação ou qualquer outro tipo de procedimento para tentar salvá-lo”, explica o texto.

Logo em seguida, o Samu também chegou ao local e nada fez, alegando que a médica também não fez
nenhum procedimento para reanimação. Em seguida, a polícia chegou no local, após solicitação de uma vizinha que achou que estivesse ocorrendo uma briga entre o casal. A médica ainda fez contato
com o Instituto Médico Legal (IML) e, segundo a declarante, “não encostaram no marido, não tocaram nele, não fizeram reanimação nele. Tem testemunha disso’ (sic)”.

O IML no local informou à ela que havia suspeita de suicídio ou homicídio.
Ela ainda afirmou no texto entregue ao MPPR que foi orientada pela profissional do IML a fazer denúncia acerca da conduta da equipe do Samu, alegando que ‘na folha azul, que eu não obtive acesso a essa folha, aonde a médica transcreve tudo que ela fez, mas ela não fez nada. Que ela tentou reanimar ele, mas ela não fez nada’ (sic), conforme relatado de forma detalhada nos áudios anexos.

“Uma equipe assim, totalmente irresponsável, que não fez nada, nada, dizer que fez, eu acho isso um crime muito grande”, relatou a declarante. Ela alega negligência da equipe médica do Samu. “Eu quero que seja verificado isso, uma equipe como essa, despreparada, que mente, eu acho um perigo para a sociedade, fingindo atendimento que não faz. Eu quero que haja justiça por mim e pelo meu filho. Pelo laudo do meu esposo, ele poderia ter sido
salvo, se eles tivessem feito alguma coisa”.

*Com MPPR

Redação Página 1

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