Desemprego cai no 3º trimestre no Paraná, que tem uma das menores taxas do País

Desemprego cai no 3º trimestre no Paraná, que tem uma das menores taxas do País

AEN

O desemprego caiu no Paraná no terceiro trimestre de 2021 (julho a setembro), chegando a 8%, um ponto percentual a menos do que no segundo trimestre (abril a junho). É o quinto menor indicador do País, que tem média de 12,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o quadro geral, na comparação com o mesmo período do ano anterior, fortemente impactado pela primeira onda da pandemia, também há diferença favorável ao Paraná, com queda de 2,5 pontos percentuais (de 10,5% para 8%) no número de desempregados, evolução que acompanha a medição feita mensalmente pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Na série histórica, é a quarta queda consecutiva na taxa, que teve pico de 10,5% no meio da pandemia. O índice de 8% é o mesmo do primeiro trimestre de 2020, indicando que o Estado conseguiu se recuperar dos efeitos do coronavírus sobre o mercado de trabalho. Os outros estados com bons indicadores são Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

No recorte que compara o nível de ocupação (percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão no mercado de trabalho), a média geral do Paraná era de 59,9% no terceiro trimestre, crescimento de 2,2 pontos percentuais frente ao trimestre anterior e de 3,9 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2020. A média nacional é de 54,1%, crescimento de 2 p.p em relação ao trimestre anterior e 5,1 p.p frente ao ano passado.

“Dentro do contexto nacional há uma reação favorável do mercado de trabalho. É um indicador que tem a ver com a recuperação de emprego formal e está associada ao avanço da vacinação contra a Covid-19, com o setor de serviços voltando a respirar. A taxa de subutilização (insuficiência de horas trabalhadas) caiu no Paraná em relação ao ano passado, mais de 2 pontos percentuais. O volume de trabalho tem aumentado de maneira progressiva com aumento das atividades”, afirma Daniel Nojima, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social.

No último trimestre, o Paraná também teve o quarto maior percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado do País, com 80,9%. A liderança é compartilhada com Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. As menores taxas são do Maranhão, Pará, Sergipe e Piauí. Houve crescimento significativo em setores representativos do PIB estadual: agropecuária, indústria, construção civil e comércio.

Nacional

Frente ao trimestre anterior, a taxa de desocupação recuou em 20 das 27 unidades federativas. As maiores estavam em Pernambuco (19,3%), Bahia (18,7%), Amapá (17,5%), Alagoas (17,1%) e Sergipe (17%) e as menores, em Santa Catarina (5,3%), Mato Grosso (6,6%), Mato Grosso do Sul (7,6%), Rondônia (7,8%) e Paraná (8%).

A taxa de informalidade no 3° trimestre de 2021 foi de 40,6% da população ocupada. Pará, Amazonas, Maranhão e Piauí tiveram as maiores taxas, e Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul as menores.

“No terceiro trimestre, houve um processo significativo de crescimento da ocupação, permitindo, inclusive, a redução da população desocupada, que busca trabalho, como também da própria população que estava fora da força de trabalho”, destaca a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy. O número de ocupados alcança 93 milhões de brasileiros.

Pesquisa

A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no País. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de 2 mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

Redação Página 1

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