Agroleite, 22 ª edição: para cada profissional, uma expectativa diferente

Agroleite, 22 ª edição: para cada profissional, uma expectativa diferente

Luana Dias

O retorno presencial do Agroleite, um dos maiores eventos técnicos do setor do Agronegócio realizados pelo mundo, é sinônimo de grande expectativa. Para cada um dos profissionais inseridos na programação, o sentimento é único, e, cada um leva para a feira diferentes percepções e anseios. Unir no evento pessoas e entidades que representam a cadeia do leite, como produtores, cooperativas, associações, entidades de pesquisa, empresas de insumos e serviços, universidades, indústrias de equipamentos, de alimentos e de novas tecnologias, é uma das desafiadoras missões citadas, por exemplo, pela gerente do Agroleite, Leila Gomes.

Ao falar sobre essa missão, ela também lembra que o propósito vai além de traduzir a importância deste setor, “é como informar e fazer parte do dia a dia da vida das pessoas com esse fabuloso alimento: o leite”, destaca. Sim, a incumbência também é de informar, afinal, como menciona a gerente, o Agroleite é uma plataforma de comunicação para a cadeia produtiva do leite. “Ele une propósitos e expressa os diversos elos do setor. A cooperativa transformando vidas, negócios e a comunidade ao redor. O produtor investindo em gestão, buscando eficiência na sua propriedade. O universitário construindo seu conhecimento e a sua atuação no mercado. As instituições defendendo melhores políticas públicas e privadas para o setor. As empresas demonstrando seus produtos e serviços. A indústria fechando o ciclo da produção atenta as demandas do consumidor. Tudo isso é bastante e desafiador”, salienta.

Já para o vice-presidente da Cooperativa Castrolanda, Armando Carvalho, que também participa da feira como membro do Conselho de Administração do evento, produtor e cooperado, a maior expectativa está na concepção dos negócios. Na última edição foram gerados R$ 78 milhões, e a ideia, segundo ele, é realizar um evento que atinja os mesmos patamares e um público tão expressivo quanto nas edições anteriores. “A feira é direcionada a produtores, técnicos, estudantes e também a população em geral. Temos a expectativa de que o retorno do evento de forma presencial, após a pandemia, tenha bom público e siga a tendência dos demais eventos que antecederam esse ano de forma presencial, com público e grande volume de negócios”, ressaltou.

Para o professor e coordenador do setor de Leite do Instituto Cristão de Castro, Eduardo Luís Pereira, a expectativa é de alguém que morou fora do Paraná nos últimos anos, e que ao voltar para o Estado e para Castro, irá encarar o desafio de levar seus alunos para a feira, transformando-a num ambiente de aprendizado. “Eu já conheço bem a feira, e hoje iremos participar representando o Instituto Cristão e Mackenzie, como professor, além de uma empresa de Minas Gerais, como consultor. E, a importância da participação é justamente porque sabemos que se trata de um dos maiores eventos de gado de leite da América Latina. Dessa forma, as expectativas são as melhores possíveis”, destaca.

Como o instituto irá expor alguns animais na feira, Eduardo e seus alunos serão responsáveis pelo manejo, e, segundo ele, mesmo a venda da genética não sendo o foco do colégio, a participação contribui com o desenvolvimento. “Acreditamos que a participação em um evento desse porte é primordial para uma instituição como a nossa, até porque estamos passando por reestruturações com essa nova gestão”.

O profissional também vê no Agroleite a oportunidade do networking. “É o evento que mais traz pessoas ligadas ao leite, e esse é o seu grande diferencial, é uma feira extremamente técnica, com participação de pessoas ligadas ao agronegócio. Nesse setor de feiras, o Agroleite é, disparadamente a melhor, tecnicamente falando, pela qualidade dos eventos, das empresas que participam, e a nossa ideia é levar nossos alunos para conhecerem as tecnologias desse setor”, afirmou.

No caso do superintendente da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (ABCBRH), Timotheo Silveira, a expectativa gira em torno dos animais em pista. Dentro do Pavilhão Agroleite, por onde desfilam as estrelas do evento, é que Timotheo vê a possibilidade de ressaltar a beleza da atividade, conforme descrita por ele, tão importante e árdua, ao mesmo tempo. “É o evento mais importante da cadeira leiteira no Brasil, e para a Raça Holandesa, que tem a maior quantidade de animais em exposição, participar do Agroleite é muito importante em termos de divulgação. O que esperamos ver em pista são animais que representam a produção de leite. Muita gente fala que a pista não tem relação direta com a produção, mas, o principal ponto é que na hora do julgamento dos animais, os juízes estão buscando animais que tenham a maior caracterização leiteira, o melhor potencial de produção de leite. A produção de leite já é tão trabalhosa, o dia a dia é tão penoso. Temos que melhorar nosso rebanho para fazermos isso com vacas bonitas”, finaliza.

Redação Página 1

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