Da Assessoria
Pesquisadoras da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) lançam uma pesquisa sobre a relação entre fome e pandemia em Ponta Grossa. O estudo é conduzido pelo Núcleo de Pesquisa “Questão Ambiental, Gênero e Condição de Pobreza”, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas, com coparticipação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Nesta semana, o grupo inicia a coleta de dados sobre ações e instituições que têm desenvolvido ações de combate à fome no município. Como explica o Núcleo, os alunos fazem o contato por telefone com algumas instituições, mas outras também podem contribuir voluntariamente com o preenchimento do questionário online. A ideia é inferir sobre quais ações têm sido realizadas, sua periodicidade, público, entre outros detalhamentos.
Em um segundo momento, a pesquisa se volta para indivíduos em situação de vulnerabilidade social. Foram delimitados os beneficiários do Bolsa Família que residem no município, e as entrevistas por telefone iniciam no segundo semestre letivo da UEPG. “As famílias podem ficar tranquilas quanto ao sigilo da identidade, já que os dados serão compilados de forma anônima. As perguntas são relacionadas exclusivamente com alimentação (quantidade e qualidade nutricional)”, explica a professora Mirna de Lima Medeiros, integrante do Núcleo.
A motivação para estudar a insegurança alimentar e o acesso a alimentos com qualidade e quantidade suficientes se deu pelos indicadores nacionais que demonstram os desafios da população brasileira no combate à fome e pela necessidade de dados específicos do município de Ponta Grossa. “Em muitos casos, a insegurança alimentar foi agravada pelo desemprego, aumento da pobreza e dos custos, durante a pandemia”, explicam as pesquisadoras. “Por isso, esses dados são fundamentais para a elaboração de projetos e políticas públicas de combate à fome, tomada de decisão de gestores públicos e privados e de interesse da população de forma geral”.
Participam da pesquisa as professoras Augusta Pelinski Raiher (UEPG), Édina Schimanski (UEPG), Eliana Aparecida Fagundes Queiroz Bortolozo (UTFPR), Lenir Aparecida Mainardes da Silva (UEPG), Luana Marcia de Oliveira Billerbeck (UEPG), Mirna de Lima Medeiros (UEPG), Sandra Maria Scheffer (UEPG) e Natália de Lima Bueno Birk (UTFPR). Além disso, estudantes de graduação, mestrado e doutorado da UEPG e da UTFPR contribuem com a elaboração e execução da pesquisa.
Orientando quanto a possíveis fraudes, as pesquisadoras alertam que o estudo não envolve qualquer solicitação quanto a número de conta bancária, documentos pessoais ou solicitação de pagamentos ou doações de qualquer natureza. Também não há nenhum tipo de confirmação com solicitação de códigos via WhatsApp. O meio de contato para tirar dúvidas quanto à pesquisa, o trabalho do Núcleo ou as instituições e indivíduos contatados é o e-mail [email protected].
Texto: Adaptado por Aline Jasper | Foto: Luciane Navarro