Devotos testemunham fé em carreata em Ponta Grossa

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Da Assessoria

Ponta Grossa – Por aproximadamente 30 quilômetros e meio, a imagem de Nossa Senhora Aparecida percorreu as diversas regiões da cidade de Ponta Grossa nesta segunda-feira (12), dia da padroeira do Brasil. Em cerca de duas horas, a Mãe Aparecida foi ao encontro dos fiéis em uma carreata, que, este ano, substituiu a tradicional procissão em honra à santa. O bispo dom Sergio Arthur Braschi celebrou a missa das 15 horas, no Santuário Diocesano de Nossa Senhora Aparecida, transmitida pela Rádio Sant’Ana e pelas páginas do Facebook do santuário, Paróquia Santa Teresinha e da Diocese de Ponta Grossa.
A carreata saiu às 11 horas da frente do santuário e foi organizada em resposta às restrições provocadas pela pandemia do Covid 19, que, entre outras coisas proíbem aglomerações e, por consequência, a realização da procissão, ocorrida há 36 anos. Francine de Fátima Jimenez Holouka, paroquiana da São Sebastião há mais de 15 anos, contou que tem o costume de participar da procissão todos os anos. Ela veio com marido e os dois filhos pequenos, todos de máscara e obedecendo o distanciamento social. “O menino está no caminho da Eucaristia. É importante participar, incentivar, mostrar o caminho correto. Nossa Senhora Aparecida é muito importante na vida de todos nós. Eu cresci sendo devota de Nossa Senhora e tento passar essa devoção para os meus filhos”, comentou.
Muito emocionado Luz Alberto Tozzeto, que integra a Pastoral da Liturgia da Paróquia São Sebastião, estava à frente da organização da carreata. “É uma emoção tão grande. Deus tem ajudado muito a gente, em especial, a minha família. Só tenho a agradecer o que Nossa Senhora tem feito por todos nós”, dizia, garantindo que a santa foi a responsável por muitos livramentos na vida dele, em especial, acidentes. “Devo um tanto da minha vida a ela, e preciso agradecer”.
Ao entrar no santuário, a imagem de Nossa Senhora Aparecida não pode ter tocado o véu que tradicionalmente cobre os devotos. Ainda que tenha sido higienizado o véu passou por sobre os fiéis, que estavam todos ajoelhados. No seu altar, a imagem ficou ladeada pelas bandeiras do Brasil e de Ponta Grossa e cercada de rosas, velas e buquês de flores. “A fé se demonstra em nosso acreditar em Deus e quando nós estamos fazendo a experiência dessa nossa pequenez, através dessa pandemia, mais do que nunca voltamos o nosso coração para Deus, através dessa bonita fé que temos na Mãe de Deus e nossa, sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida”, destacou o reitor do santuário, padre Sandro Maciel Cândido Ferreira.
Dom Sergio Arthur Braschi falou do caráter diferente da festa da padroeira este ano. “Poderia trazer tristeza e desânimo ao coração já que, por tantos e tantos anos, saíamos do hospital Bom Jesus, cantando, louvando, rezando… Mas, podemos viver de outra maneira. Peçamos a proteção de Maria. Que possamos aprender dela o querer de Deus”, orientou o bispo. Dom Sergio lembrou os mortos pelo Covid 19, e os que estão sem emprego e sem renda. “Rezo todos os dias, pedindo a intercessão de Santa Dulce dos Pobres por todos”, citou.
“Vimos nas leituras a presença de Deus, que não abandona seus filhos. Estamos no barco de Jesus. E se Ele está no barco não estamos sozinhos. Ele é que conduz. À luz da última encíclica do Papa Francisco, somos irmãos todos. Todo o povo da Humanidade deve entrar nessa barca e depende do nosso testemunho que as pessoas se sintam atraídas para essa barca. Devemos ser missionários para que se sintam tocados para caminhar com a proteção de Deus, Deus que deixou sua presença na Igreja Católica, através dos leigos, leigas, dos consagrados, e que está em Maria, aqui no Brasil chamada de Aparecida. Que ela interceda como a rainha Ester, cuidando de cada um de nós e de nossas famílias”, enfatizou o bispo dom Sergio.

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