Da Assessoria
O final de 2020 e início de 2021 não foram muito favoráveis para os sojicultores paranaenses em relação às condições climáticas. O resultado de períodos grandes de chuva seguidos de uma estiagem maior que o normal é uma produtividade um pouco abaixo da apresentada no mesmo período ano passado em todo o estado.
A safra 20/21 de soja no Paraná apresentou um rendimento médio de 3,5 mil kg/ha, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), pertencente à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. O valor é 6,5% menor que o apresentado na safra estadual de 19/20, quando foi alcançada a média de quase 3,8 mil kg/ha.
Os dados refletem o atraso no plantio causado pela falta de chuva registrada em setembro do ano passado, fazendo com que as primeiras sementes fossem plantadas somente no mês seguinte em solos paranaenses. Além disso, o mês de janeiro trouxe 18 dias consecutivos de chuvas em praticamente todo o Estado, seguidos de um período de forte estiagem em fevereiro, causando prejuízos na produtividade da leguminosa.
Na contramão destes números está a Castrolanda, cooperativa agroindustrial da região dos Campos Gerais, que mesmo com o período climatológico conturbado conseguiu registrar números acima dos apresentados pela média paranaense. Os dados da cooperativa trazem uma produtividade na casa de 4 mil kg/ha, valor 12,5% mais alto que a média estadual.
Os números reforçam a eficiência operacional da Castrolanda no processo de acompanhamento e apoio dos cooperados, de acordo com o Coordenador de Grãos da Cooperativa, Diogenes Novakowiski. “O trabalho da Assistência Técnica fez toda a diferença na condução e manejo da lavoura, contribuindo para a produtividade do agricultor. Os produtos e serviços ofertados pela Castrolanda também fizeram a diferença, como sementes de alta qualidade e outros insumos. Além disso, temos a execução das atividades de campo por parte do nosso cooperado, que é quem está no cotidiano do campo. Este é o resultado de todo um time que coopera e faz o crescimento do agronegócio”.
A cooperativa fechou a recepção da safra de verão 20/21 em 293 mil toneladas de soja, sendo 229,3 mil toneladas somente dos cooperados. Mesmo com as adversidades climáticas, o total é 2,2% maior que a recepção da safra 19/20, com 286,7 mil toneladas. “Tivemos uma crescente de 10% sobre nossa própria estimativa de recepção com os cooperados. Nossas unidades estavam preparadas para receber a produção na medida em que se avançou com a colheita” afirma Diogenes.
Protagonismo
O Paraná é o segundo maior produtor de soja do país, atrás apenas do Mato Grosso. O plantio da leguminosa é um atrativo para os produtores por conta da alta demanda para a produção nacional de farelos para ração, óleos para fins comestíveis e produção do biodiesel – além da procura internacional.