Cooperada da Frísia é finalista do prêmio Mulheres do Agro 2023

Cooperada da Frísia é finalista do prêmio Mulheres do Agro 2023

Da Assessoria

Ipiranga– Há alguns anos, a vida de Alessandra Barth deu uma reviravolta, de professora para produtora rural. E, de lá para cá, as inovações e mudanças que a cooperada da Frísia realizou na gestão da propriedade localizada no município de Ipiranga (PR) a colocaram como uma das finalistas da sexta edição do Prêmio Mulheres do Agro, reconhecimento que este ano dá ênfase às boas práticas agropecuárias baseadas nos pilares ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança). A premiação acontece durante o 8o Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, maior evento do segmento na América Latina e que ocorre nos dias 25 e 26 de outubro, em São Paulo.

“Por insistência de uma amiga que conhece minha história, me inscrevi para a categoria pequena propriedade no último dia de inscrição. E não é que sou uma das finalistas!”, destaca Alessandra, que administra uma propriedade produtora de leite de 38 hectares.

Alessandra conta que nasceu e cresceu no meio rural, sendo filha, neta e bisneta de produtores dos dois lados da família. Quando surgiu uma oportunidade para estudar, ela agarrou e se formou em pedagogia. “Não por vocação, mas por ter tido uma oportunidade, já que as condições para estudar na época eram muito precárias. Morávamos muito longe, pouco dinheiro, nem telefone tínhamos”.

No fim do último ano de curso, ela prestou concurso para professora-pedagoga no estado do Paraná e foi aprovada. Anos depois prestou mais um, também passou. “Mas tinha aquele sonho de voltar. No fim de 2021 tomei a decisão, peguei meus filhos e vim pra cá [propriedade da família], com o intuito de ajudar meu pai”, explica.

Em 2022, ela se aprofundou na atividade, fez cursos e auxiliou o pai na gestão. Em seguida, se tornou cooperada da Frísia. No mesmo ano, seu pai se aposentou da atividade, passando a gestão integralmente para Alessandra.  

“Desde então, venho, aos poucos, implementando mudanças. Passamos do nível prata para o nível ouro, o que significa algumas mudanças em relação ao bem-estar animal, destinação de resíduos, uso racional de medicamentos, entre outros. Além do investimento em energia solar, o comprometimento com treinamento dos funcionários, abertura da propriedade para a realização de cursos com a participação dos vizinhos e, claro, o cumprimento de todas as exigências trabalhistas e da legislação ambiental”, destaca. 

Premiação

O Prêmio Mulheres do Agro está na sexta edição, sendo uma iniciativa da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e da Bayer. O prêmio tem como tema “Gestão Inovadora” e reconhece empreendedoras rurais de pequenas, médias e grandes propriedades que seguem boas práticas agropecuárias e gestão sustentável com foco nos pilares ESG. Desde sua primeira edição, mais de 900 agricultoras se inscreveram, com a premiação de 45 de várias regiões do Brasil.

Redação Página 1

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