Agricultores da Terra Nova têm plantação de milho envenenada

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Luana Dias

Uma família de agricultores da Colônia Terra Nova, em Castro, está sendo alvo de vandalismo, e a ação já causou prejuízos que podem chegar a mais de 50 mil reais. Primeiro uma plantação de milho da família foi atacada, e das 7,2 hectares de área plantada, restaram apenas duas, possivelmente aproveitáveis. As outras cinco foram envenenadas, e os produtores ainda não sabem que tipo de veneno foi usado, o que coloca em dúvida a qualidade e aproveitamento da parte saudável da lavoura. “Enviamos amostra para que fosse feita análise em um instituto de Curitiba, mas o laudo ainda não está disponível. Mas, sabemos que existem venenos que inutilizam a terra por até três anos, e se tiver sido utilizado um desses venenos, por exemplo, além de não podermos colher o milho que restou na lavoura, também não poderemos plantar no local nas próximas safras”, destacou uma pessoa da família, vítima dos ataques. O entrevistado pediu para não ter o nome divulgado.

O terreno, alvo dos criminosos, pertence à Associação União Católica da Terra Nova, e foi arrendado para a família de agricultores por meio de um leilão. O contrato de arrendamento vale por quatro anos, e este foi o primeiro em que a família fez uso da terra para plantações. A semeadura do milho ocorreu no mês de setembro, e cerca de um mês depois, quando a cultura estava começando a se desenvolver, os pés já começaram a secar. Além dos custos com a produção da lavoura, os agricultores também investiram na preparação da terra.

O outro ataque ocorreu na propriedade da família, um dia depois do Natal, quando vândalos cortaram a lona de proteção de sete silos que armazenavam alimento para os animais, o que ocasionou a entrada de ar e de água e consequentes novos prejuízos. “Neste caso ainda nem sabemos qual o tamanho do prejuízo, também não sabemos se não foi jogado algum tipo de veneno nos silos”, salientou.

Conforme destacou o agricultor, o caso surpreendeu à família, assim como deixou bastante abalada a matriarca da família, que já tem 74 anos de idade. “Aqui na colônia não existem inimizades, existe um clima amigável entre os moradores, e justamente por isso, não esperávamos enfrentar uma situação dessas”, finalizou.

A família fez Boletim de Ocorrência dos atos de vandalismo, e segundo o entrevistado, a Polícia Civil do município deu início à investigações, no entanto, ainda não se chegou ao responsável pelos crimes.

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