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O Paraná tem aproximadamente 300 estudantes com alguma deficiência matriculados nas universidades estaduais. Eles contam com serviço de atendimento diferenciado para frequentar as aulas e apoio diário para os estudos. As instituições mantêm projetos, programas ou núcleos que atendem alunos com deficiências física, auditiva, visual, intelectual, transtornos do espectro autista e altas habilidades.
As iniciativas são destacadas neste Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, data que marca a mobilização por acessibilidade e inclusão de pessoas e reforça a luta pelos direitos humanos da PcD. O grande marco foi em 1948 com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) o Programa de Inclusão e Acessibilidade (PIA) atende atualmente 40 estudantes. A equipe do PIA, formada por psicólogos, assistentes sociais e professores especializados em educação especial, oferece suporte para estudantes com transtorno do espectro autista (TEA), transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), surdez, deficiência intelectual, deficiência física e baixa visão.
A professora Viviane Barbosa de Souza Huf, explica que, pelo programa, cada estudante recebe o atendimento específico para suas necessidades. “Durante os atendimentos são realizados trabalhos de estimulação cognitiva. Por exemplo, para estudantes que apresentam deficiência intelectual são propostos desafios, no caso de estudantes autistas são realizadas atividades com o objetivo de estimular a comunicação e interação social com os colegas, ou seja, são atividades que fogem do âmbito acadêmico, mas que auxiliam no desenvolvimento do curso”, afirma.
A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) atende estudantes por meio do Programa de Educação Especial (PEE). Estudantes cegos do curso de Ciências da Computação, por exemplo, podem receber um material desenvolvido por impressora 3D do Projeto Maker da universidade. Com os materiais adaptados, terão mais possibilidade de compreensão do conhecimento de temas relacionados às disciplinas.
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Mapeamento TEA
Além dos programas individualizados, o Governo do Estado investiu R$ 712 mil para implementar o Núcleo de Estudos, Pesquisas e Ações da Diversidade Educacional (Neade) em todas as universidades estaduais do Paraná. A iniciativa é da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e tem como objetivo identificar estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na rede pública de ensino fundamental, médio e superior, em todo o território paranaense. O intuito é elaborar políticas públicas para o suporte adequado aos alunos.
Vestibular
As sete universidades estaduais ainda disponibilizam atendimentos diferenciados durante as provas dos vestibulares. Os atendimentos contemplam pessoas com deficiência auditiva e deficiência visual total ou parcial. Dependendo da condição, a duração das provas pode ser ampliada. O serviço envolve, também, provas impressas com textos e figuras ampliados, ledor para o deficiente visual, prova de redação em Braille e intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras). As informações constam no manual do candidato de cada instituição.