Presidente da Associação Comercial do Paraná fala de boas expectativas

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Luana Dias

O ano de 2020 tem sido atípico e vem causando temores em muitos comerciantes. Nem tem como ser diferente, a maioria dos lojista e dos consumidores está enfrentando algo nunca visto antes, com a pandemia do novo coronavírus. E, em um período de números tão preocupantes, preocupa também a aproximação com o Natal, que é considerado a melhor data do ano para o varejo brasileiro, e que neste vem com previsões muito incertas para comerciantes em geral.
O otimismo, no entanto, tem sido a ferramenta da maioria dos que decidiram manter os negócios e enfrentar a crise, e que esperam equilibrar os resultados negativos, acumulados ao longo dos últimos oito meses, com as vendas do mês de dezembro. O presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, conversou com a reportagem do jornal Página Um News e portal P1 News nesta quinta-feira (26 de novembro), e também falou deste otimismo e da confiança de que o Natal virá com bons números para os lojistas paranaenses.
O entrevistado citou a recente pesquisa feita pelo Instituto Datacenso, em parceria com a Associação, e que aponta queda significativa nas vendas do Natal deste ano, porém, segundo ele, as vendas da Black Friday vêm mostrando que o consumidor está mais disposto a gastar do que se imaginava. “Havíamos feito uma pesquisa que mostrava possíveis resultados negativos, mas a Black Friday já mudou um pouco isso, temos visto ofertas realmente tentadoras e os consumidores ficam mais animados a gastar. Com ou sem Covid, temos que continuar vivendo, e as celebrações natalinas fazem parte da nossa vida, além disso, tem todo um clamor pelo investimento nas festividades”, destacou.
Turmina também falou sobre o comportamento do cliente, e de como as mudanças de perfil podem ser benéficas para o comércio local, já que em função da pandemia, as pessoas estão procurando comprar do estabelecimento que está mais perto de casa. “De alguma forma, as pessoas irão congratular, a magia do Natal não muda. É evidente que se compararmos com a mesma época do ano passado, as vedas serão diferentes, mas o consumo vai continuar a existir, o que está mudando de fato, é a forma como as pessoas consomem. Nos anos anteriores as famílias iam para os shoppings, a família ia junto para as lojas para escolherem presentes, saíam mais para a pesquisar preços, iam para os grandes centros, já neste ano os consumidores vão comprar perto de casa, vão escolher o que está mais fácil e mais perto”, explicou o presidente.
Fazer bom uso da tecnologia e de outras ferramentas, atualmente disponíveis para o comércio como um todo, também deverá ser um fator favorável às vendas de final de ano, e em ações que possam reverter os efeitos causados pela pandemia. Neste sentido, Turmina destaca que não é necessário ter à disposição, grandes recursos, basta saber explorar aqueles que estão no alcance. “As empresas pequenas talvez não tenham muitas ferramentas tecnológicas, mas hoje em dia o próprio telefone é uma grande ferramenta da divulgação”, ressaltou.
Por fim, o presidente da ACP também falou do aumento de renda do consumidor brasileiro, que ocorre nesta época do ano com o pagamento do décimo salário, por exemplo, e de cenários que são resultados da própria pandemia, como a baixa dos juros. Camilo Turmina lembrar que estes também são fatores que fomentam o consumo das famílias. “Temos um cenário diferente, mas confiamos que teremos motivos para comemorar, Natal é Natal, nunca é ruim, mesmo com as atuais circunstâncias, esperamos bons resultados, afinal a data é a mais importante do ano para varejo”, finaliza.

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