Luana Dias
Uma parceria entre a direção da Cadeia Pública de Castro, o Ministério Público e o Conselho da Comunidade viabilizou a doação de 40 colchões e de seis exaustores/ventiladores, que foram entregues nesta terça-feira (7) na unidade, e que irão proporcionar mais qualidade de vida aos apenados recolhidos no local.
Os colchões serão usadas em pouco mais da metade das 60 camas que a unidade possui, e os exaustores serão instalados na área de convívio dos apenados, na entrada de celas que alojam cerca de 120 reeducandos. As doações foram feitas pelo Conselho da Comunidade, que administra os recursos repassados periodicamente e conforme demanda, pelo Ministério Público. De acordo com o pastor Edvaldo Morais da Silva, representante do Conselho, a identificação das necessidades existentes na unidade ocorre durante as visitas quinzenais que membros da instituição realizam na Cadeia. Após essa identificação, a demanda é repassada para o Ministério Pública, que faz a liberação da verba para aquisições e/ou investimentos necessários. “Primeiro fazemos as visitas na Cadeia, e depois os planos de aplicação, de acordo com as necessidades percebidas na visita. Para alinharmos esse plano, conversamos com o diretor da unidade, e na sequência pedimos ao Ministério Público, que libera as condições para que possamos providenciar os materiais. Essas doações, dos colchões e exaustores, foram demandas anotadas nas últimas visitas que fizemos”, explicou.
Elerson de Lima, diretor da Cadeia, destacou a importância das ações, que resultam da parceria entre direção da unidade e Conselho da Comunidade, ressaltando a diferença provocada na rotina das pessoas privadas de liberdade, e no condicionamento do cumprimento da pena. “Essa parceria é de vital importância para o bom andamento da unidade, possibilita melhor forma do apenado pagar a sua pena. A ressocialização tem a intenção de propiciar a dignidade e tratamento humanizado, mantendo a honra e a autoestima do detento. Permitir que o indivíduo tenha um local apropriado para pagar sua pena, com ventilação, arejado e um colchão em boas condições, colabora para que os direitos básicos do condenado sejam realizados e priorizados”, destacou.
Outras atividades também são mantidas através da parceria entre as entidades. A exemplo, atendimentos aos familiares dos reclusos, para facilitar contato, como por meio da realização de videochamadas entre família e apenados, aquisição de medicamentos, entre outras demandas. De acordo com o diretor da unidade, esses serviços sociais representam uma ponte, que também contribui com a missão da ressocialização. Ao final da entrevista, Elerson de Lima registrou agradecimento aos trabalhos voluntários realizados pelos membros do Conselho, assim como, citou a importância da colaboração vinda do Ministério Público. “Tal parceria também envolve promotores do Ministério Público e o Fórum da Comarca de Castro, representado pelo juiz Leonardo Aleksander Ferraz Sforza, e em geral, resulta em atividades que proporcionam mais bem-estar e dignidade aos apenados”, finaliza.
FOTO: Elerson de Lima, diretor da Cadeia de Castro, e pastor Edvaldo Morais da Silva, representante do Conselho da Comunidade