Proteção de janela teria sido rompida
Sandro A. Carrilho
Ponta Grossa – Dois dias após a morte de paciente por queda do terceiro andar da ala da Unidade de Terapia Intensiva – UTI da Santa Casa de Ponta Grossa, fica a pergunta: Como ele acordou do coma induzido, levantou-se do leito, abriu a janela, rompeu uma proteção, lançou-se de uma altura de 12 metros, e ninguém viu ou ouviu nada?
Essas são apenas algumas das perguntas que a polícia civil de Ponta Grossa irá fazer no decorrer das investigações, para esclarecer a morte de Alexandreson Delfino Farias, de 33 anos, no sábado (11).
Natural de Telêmaco Borba, o paciente morava em Sapopema e foi internado no Hospital Santa Casa para procedimento cirúrgico ainda pela manhã, ficando em coma induzido, procedimento normal nesses casos.
A questão que se levanta é que por algum motivo, no início da tarde de sábado, após acordar, teria ido até a janela, rompido uma proteção e se lançado do terceiro andar. Normalmente quando pacientes acordam, eles continuam sob o efeito do procedimento cirúrgico.
O local que Alexandreson caiu foi no interior do hospital, provavelmente um pátio, por isso não houve registro de imagem. O que intriga é que a UTI oferece cuidados intensivos, motivo pelo qual sempre há profissionais 24 horas. No horário que ocorreu a queda, em torno das 14 horas, pelo menos meia-dúzia de enfermeiros estariam trabalhando, ou deveriam estar.
Pelo histórico da Santa Casa, o hospital também deverá apurar o caso internamente e punir exemplarmente.
O corpo de Alexandreson Delfino Farias foi sepultado na tarde de domingo em Sapopema. Ele deixa esposa e filho de oito anos.