IAT fiscaliza mortandade de peixes no Rio Iapó, mas causa é incerta
AEN
O Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), continua com fiscalizações para identificar a origem de peixes mortos no rio Iapó, nas proximidades da cidade de Castro.
As ações atendem as denúncias recebidas pelo Escritório Regional do IAT em Ponta Grossa desde o início deste mês. O órgão ambiental realizou vistorias presenciais e coleta de amostras de efluentes desde o primeiro comunicado da população e da prefeitura de Castro.
Entre os dias 13 e 16 de setembro, dez empreendimentos entre indústrias, mineradora e a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) tiveram seus efluentes finais coletados e encaminhados para os laboratórios do IAT em Curitiba, para análise.
“Fizemos a coleta de efluentes justamente para identificar se os empreendimentos ao redor poderiam estar causando essa situação, mas os laudos do laboratório não apontaram irregularidades”, afirma o gerente de Fiscalização e Monitoramento do IAT, Álvaro Cesar de Góes.
Diante da negativa nos laudos para a causa da morte de peixes, o IAT aponta outros fatores que podem ter influenciado o incidente. A situação pode estar associada à poluição de origem antrópica, alterações bruscas na qualidade da água ou até mesmo queda da vazão dos rios, pela qual o Estado do Paraná vem atravessando atualmente.
É o período de seca mais crítico dos últimos 90 anos. A queda na vazão diminui a disponibilidade de oxigênio dissolvido na água. Esta condição causa estresse nos organismos aquáticos, que ficam mais suscetíveis a qualquer alteração.
Nos últimos dias também tem sido observada uma grande amplitude térmica e a combinação destes dois fenômenos pode ter contribuído para a extensa mortandade de peixes.
“Apesar da causa da mortandade dos peixes não ter sido determinada, o IAT continua realizando fiscalização na bacia do Rio Iapó, no intuito de verificar não só o atendimento às condicionantes do licenciamento ambiental mas também para reunir informações que possam subsidiar a tomada de ações que impeçam que o fenômeno volte a ocorrer de forma significativa”, complementa Góes.
De acordo com informações fornecidas pela Prefeitura de Castro, através da Superintendência Municipal do Meio Ambiente, cerca de uma tonelada de peixes mortos foi recolhida para destinação final adequada.