Matheus de Lara
Ponta Grossa – Na tarde dessa terça-feira (10), o Tribunal do Júri condenou por homicídio simples Éder Batista de Andrade, de 31 anos, a 11 anos de prisão em regime fechado, depois de atropelar, arrastar por quadro quadras e matar Rubens Krum, de 82 anos, em 30 de agosto de 2014. Ele ainda poderá recorrer da sentença em liberdade. O acidente aconteceu quando Éder dirigia uma caminhonete Dodge Dakota, ao passar pelo cruzamento da Rua Londrina com a Avenida Dom Pedro II, vindo a atingir o idoso.
Ouvido presencialmente no Fórum de Ponta Grossa por mais de 15 minutos, o homem confessou o crime. Desde o atropelamento, Éder só havia confirmado para a polícia que não estava conduzindo o veículo e que teria sido vítima de assalto, desta vez, porém, além de confessar ele também justificou a mentira. “Então doutor, até pela família e um pouco de consideração”.
Em interrogatório, Éder disse como aconteceu o atropelamento. “Tudo começou quando fui na casa de um amigo na parte da manhã cortar o cabelo, ele estava lá, só que estava ocupado no momento. Com isso resolvi voltar para casa quem é bem próximo do local. No caminho parei no semáforo próximo da farmácia, aguardei o semáforo abrir, tinha um carro na minha frente, no que o semáforo abriu, peguei a conversão para esquerda. Hipótese nenhuma ouvi ou sentia alguma coisa que possa ter batido na caminhonete, e continuei seguindo”.
Questionado sobre as pessoas que estavam na rua e que tentaram o avisar sobre o acidente, disse que “até então nesse primeiro semáforo eu não escutei nada. No próximo semáforo que eu parei, ouvi buzinas e pessoas”. Segundo Éder, o rádio da caminhonete estava ligado e ele não conseguiu identificar o que poderia ter ocorrido. Com medo de represálias fugiu do local, deixando para trás o veículo. No dia do atropelamento o acusado não possuía autorização para dirigir, pois estava com a habilitação suspensa.
Na sentença, o juiz de Direito Substituto, Luiz Carlos Fortes Bittencourt, relatou detalhes sobre o acidente que vitimou Rubens Krum, “o atropelamento da vítima se deu em via pública movimentada em plena luz do dia, na presença de diversas pessoas, tendo o corpo sido arrastado por uma distância, gerando uma verdadeira cena de horror as testemunhas e ter deixado o corpo da vítima dilacerado”.
Foto: Reprodução vídeo / Tribunal do Júri (TJPR)
