Exportações têm crescimento na região

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De janeiro a setembro, saldo da balança comercial em Castro e Carambeí é positivo / Foto: Claudio Neves/Porto de Paranaguá

Edilene Santos

Números da balança comercial mostram que a economia mantém o ritmo na região, apesar da pandemia de coronavírus. Tanto em Castro quanto em Carambeí, o saldo da balança (exportações versus importações) está positivo neste ano. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia e foram divulgados nesta semana.

Em Carambeí, de janeiro a setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, as exportações cresceram 38%. Em valores, significa que o município exportou 7,36 milhões de dólares (em torno de R$ 41,4 milhões em valores atuais). As importações também cresceram, mas em ritmo menor: 5,8% no período. Com isso, o saldo da balança comercial está num superávit de 1,47 milhões de dólares.

Em Castro, o aumento das exportações foi de 21% nos últimos nove meses na comparação com o mesmo período de 2019. Em volume financeiro, as empresas do município exportaram 59,53 milhões de dólares (aproximadamente R$ 335,1 milhões). Já as importações neste ano tiveram uma queda significativa de 13%. Por isso, a cidade soma um saldo positivo de 45,15 milhões de dólares.

Em Carambeí, madeira e seus derivados representaram, no período, 42% das exportações, seguido por carnes suínas, com 24%. Os países que mais compram produtos carambeienses são Itália – para onde vão 26,6% dos produtos exportados – e Senegal, destino de 17%.

Os produtos mais importados pelas empresas de Carambeí demonstram que as indústrias estão fazendo investimentos. Queijos e requeijão representam 31% dos produtos importados, seguidos por máquinas de ordenhar e aparelhos para a indústria de laticínios, com 27% de participação neste comércio.

As carnes suínas representam a maior fatia dos produtos exportados pelas indústrias castrenses. Elas são 58% dos produtos vendidos para o exterior, seguido bem depois pelos amidos e féculas, com 16%. Os principais parceiros comerciais de Castro são a Argentina, que compra 7,59% dos produtos, e Vietnã, com 6,18%.

Assim como em Carambeí, as importações de Castro apontam para o investimento das indústrias em modernização e tecnologia. Máquinas para colheita e debulha de produtos agrícolas representam 38% das importações realizadas de janeiro a setembro deste ano.

Bom para o município

Para o secretário municipal de Fazenda de Carambeí, Marcelo Greskiv, o aumento das exportações mostra que as empresas estão sabendo lidar com o “novo normal”. “Ao invés de ficar paradas, esperando atitudes da área pública, as empresas foram atrás na área financeira”, observa, lembrando a valorização do dólar contribui para o resultado positivo. “É um dinheiro que retorna para o Município através do ISS [Imposto sobre Serviços] e ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]”, comemora.

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