Da Assessoria
A estimativa de produção no Paraná para os produtos de 1ª safra está estimada em 23,7 milhões de toneladas, uma redução de 7,3% em relação à safra anterior, que foi recorde no estado. Os números foram divulgados na última quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no 1º Levantamento da Safra de Grãos de e Fibras 2020/2021, realizado em âmbito nacional pela companhia.
As lavouras examinadas foram as de algodão, amendoim, arroz irrigado, arroz sequeiro, feijão, milho e soja. Em relação à área plantada no estado, foi registrado um aumento de 0,7% em relação à última safra, totalizando cerca de 6,1 milhões de hectares. Produtos como algodão e feijão preto e cores perderam espaço para soja e milho, que apresentam melhores preços de mercado. Além disso, os produtores de feijão têm optado pela soja, já que a cultura é menos suscetível às variações climáticas.
Com uma cobertura superior a 27% da superfície total do estado, a soja é a principal cultura agrícola do Paraná. Os elevados preços motivaram não só o aumento da área, mas também o volume de comercialização antecipada da safra. Atualmente, 37% da produção foi vendida, sendo que historicamente a comercialização só atingia este estágio no mês de abril. Com o fim do vazio sanitário, o plantio de soja foi liberado no dia 10 de setembro, mas segue atrasado devido à estiagem que compromete também a semeadura das outras lavouras da 1ª safra.
Para as culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada, trigo, triticale) a estimativa de produção teve uma redução de 0,9% em relação ao levantamento anterior, totalizando 3,8 milhões de toneladas. Isto se dá em virtude da estiagem que começa a comprometer a produtividade do trigo. De qualquer forma, a produção de inverno ainda é 46,7% superior à safra passada, que foi severamente prejudicada por períodos de geadas e secas.
