Luana Dias
Com a chegada das temperaturas mais amenas, que fazem parte do outono sulista, também chega a liberação para comercialização, transporte e armazenamento de pinhão no Paraná. A semente, que é queridinha entre o paranaense e faz parte de saborosas receitas, típicas do estado, geralmente despencam naturalmente das Araucárias entre os meses de abril e agosto. Nesse período as pinhas adultas atingem a maturação adequada para o consumo do pinhão.
Antes disso as pinhas imaturas apresentam alto teor de umidade, além de ser crime ambiental o comércio e o consumo das sementes, a ação também pode ser prejudicial à saúde, porque nesta condição o pinhão pode ter fungos, tornando-se tóxico para o consumo humano. Se consumido, pode causar problemas como a má digestão, náuseas e até constipação intestinal.
Segundo normas ambientais, o transporte e o armazenamento do pinhão flagrados antes de 1º de abril, sujeitam a pessoa responsável pela ação a responder processos administrativo e criminal, além disso, podem resultar em autuação por infração ambiental, com multa no valor de R$ 300,00 para cada 60 quilos de pinhão.
A regulamentação que diz respeito à colheita, venda, transporte e armazenamento do pinhão está na Portaria nº 46 de 2015, do Instituto Ambiental do Paraná. O documento também fala da necessidade de proteger as sementes do pinheiro brasileiro (Araucária angustifolia), indispensáveis para a produção de mudas e consequente preservação da espécie, que está em extinção. De acordo com a Portaria, não é permitido o corte de pinheiros adultos, portadores de pinhas, na época de queda de sementes.
Foto: Luana Dias