Da Assessoria
Neste sábado (8), famílias em situação de vulnerabilidade moradoras da cidade de Castro (PR) vão receber cestas de alimentos in natura, produzidos por camponeses integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os alimentos serão partilhados com famílias da associação do bairro Operário e para pessoas cadastradas pelo Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) da prefeitura municipal.
A estimativa do MST é arrecadar cerca de 10 toneladas de alimentos, produzidos e colhidos em lavouras, hortas e pomares de assentamentos e acampamentos de Castro e Ponta Grossa. Arroz, leite, feijão, verduras, legumes e frutas, pães e macarrão caseiro farão parte das cestas entregues às famílias urbanas.
Entre a diversidade de alimentos saudáveis entregues às famílias estará a produção do acampamento Maria Rosa do Contestado, de Castro, que conquistou certificação de produção 100% agroecológica em março deste ano. Junto ao acampamento Maria Rosa do Contestado, participam da ação outras cinco comunidades de Castro: assentamentos Três Pinheiros, Três Lagoas, Conceição, acampamento Padre Roque Zimmermann, agricultores familiares da comunidade Lagoa dos Ribas, e Associação União, que integra assentados e pequenos agricultores da região. O assentamento Che Guevara e acampamento Emiliano Zapata, de Ponta Grossa, também fazem parte da mobilização.
A montagem das cestas será concentrada no acampamento Maria Rosa do Contestado na sexta-feira (7) a partir das 12h, com a benção dos alimentos às 15h pelo Frei Franciscano Luiz Antonio Frigo, de Ponta Grossa.
A coordenação da atividade enfatiza a orientação para uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos em todos os estágios da ação, desde a arrecadação, organização das cestas, até a entrega dos alimentos. No dia de distribuição das doações, entidades parceiras do MST também vão distribuir máscaras à população.
Joabe Mendes, integrante da direção estadual do MST, explica que a iniciativa integra a mobilização nacional de solidariedade do Movimento em todo o Brasil, e também as iniciativas do poder público local, que tem feito o trabalho de prevenção.
“É uma satisfação muito imensa a gente poder participar dessa atividade de solidariedade, nós que ainda estamos conseguindo trabalhar nesse momento tão difícil, nada mais justo que pode ajudar nossos irmãos, companheiros que moram na cidade que estão impedidos de trabalhar devido à pandemia”, diz o dirigente.
O acampamento Maria Rosa do Contestado mantém uma horta coletiva, criada em maio para contribuir com a continuidade das doações de alimentos neste período. Lá também será produzido macarrão caseiro para incluir nas cestas.