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O mês de janeiro é marcado mundialmente pela campanha anual de conscientização sobre os cuidados, prevenção e tratamento da hanseníase, doença infecciosa transmitida pela bactéria mycobacterium leprae, conhecida como bacilo de Hansen. Embora curável, a hanseníase aparece de maneira endêmica em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. Sua transmissão ocorre pelo contato direto pessoa a pessoa, e é facilitada pelo convívio de doentes não tratados com outros indivíduos.
No Paraná, foram registrados, no último ano, 415 novos casos. Para ampliar a taxa de detecção, o Estado oferta testes rápidos em todas as 22 Regionais de Saúde para pessoas que estiveram em contato próximo e prolongado com casos confirmados.
Além disso, a Sesa também possui um plano estratégico de controle que prevê ações integradas entre Vigilância e Atenção à Saúde que, apoiadas pela assistência farmacêutica, laboratorial e de promoção da saúde, coordenam o trabalho de enfrentamento da hanseníase. Entre os destaques está a busca ativa para detecção precoce dos casos, reabilitação, manejo das reações hansênicas, recidivas e nos eventos pós-alta, além de investigação dos contatos de forma a interromper a cadeia de transmissão.
“Temos ações em distintas frentes, desde a busca ampla até o tratamento da hanseníase, para garantir maior controle sobre esta doença”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. “É válido reforçar, ainda, outro combate igualmente importante: a luta contra o preconceito. A hanseníase passou por um processo histórico de estigmatização e este sentimento precisa ser vencido. Daí a importância de conscientizar a população”.
Tratamento
O objetivo principal do tratamento da hanseníase é a cura da infecção através da antibioticoterapia e a prevenção das incapacidades por meio da detecção precoce de casos. É muito importante que o cidadão busque o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde para o diagnóstico precoce e tratamento da doença quando apresentar os sinais e sintomas da doença. No Paraná o atendimento especializado, quando há necessidade de encaminhamento da APS, acontece no Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná, em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba.
O antigo Leprosário São Roque foi projetado em 1926, com o intuito de atender exclusivamente pacientes portadores da hanseníase. Hoje, sob gestão da Fundação Estatal de Atenção em Saúde (Funeas) é referência em dermatologia e feridas com oferta de serviços de consultas especializadas, equipe multiprofissional e atendimento especializado.
Confira os sintomas mais comuns:
– Manchas com perda ou alteração de sensibilidade para calor, dor ou tato;
– Formigamentos, agulhadas, câimbras ou dormência em membros inferiores ou superiores;
– Diminuição da força muscular, dificuldade para pegar ou segurar objetos, ou manter calçados abertos nos pés;
– Nervos engrossados e doloridos, feridas difíceis de curar, principalmente em pés e mãos;
– Áreas da pele muito ressecadas, que não suam, com queda de pelos (especialmente nas sobrancelhas), caroços pelo corpo;
– Coceira ou irritação nos olhos;
– Entupimento, sangramento ou ferida no nariz.