Da redação
Rio Azul – O delegado Thiago França Nunes trouxe novos detalhes do crime chocante ocorrido na noite de domingo (12), no município de Rio Azul, onde uma menina de apenas quatro anos foi vítima de violência sexual e precisou passar por cirurgia de reconstrução perineal e segue internada em um hospital de Ponta Grossa.
De acordo com o delegado, o suspeito do estupro é um homem de 39 anos, que aproveitou do descuido da mãe, que havia levado a filha em sua companhia, em um bar na cidade de Rio Azul, e após ingerir bebida alcoólica, iniciou uma discussão com outra mulher, que evoluiu para troca de agressões físicas. Foi nesse momento que o homem, aproveitado-se que a mãe estava ocupada com a briga, pegou a menina e levou para um terreno baldio, aproximadamente 50 metros do bar e lá praticou o abuso sexual.
Após o término da briga, a mãe deu falta da filha, e iniciou a procura pela menor, mas não conseguiu encontrá-la, até que por volta de meia noite o dono do bar ouviu choro de uma criança em terreno próximo ao bar. O proprietário acionou a polícia militar que deslocou-se até o local e junto com a mãe, encontraram a menina numa situação deplorável. A criança estava sem a parte debaixo das vestes e com muito sangue, desfalecida. A menina, acompanhada da mãe, foi levada para atendimento médico em um hospital da cidade.
O autor
Os policiais iniciaram as buscas pelo autor do abuso. O principal suspeito seria o homem de 39 anos, que foi levado por populares até o bar. Após entrar no local, trancou-se no banheiro para tentar se lavar, uma vez que estava sujo de sangue, tanto no rosto, quanto nas roupas.
O que pode ser observado pelos populares é que ele não estava machucado, o que indicava que o sangue não seria dele, além do fato de que, a todo momento, ele dizia que queria ir para casa tomar banho e trocar de roupas, fato que levou os populares a acionarem a polícia que já estava em sua procura.
Ao chegar no local, o suspeito não acatou as ordens policiais para abrir a porta, os quais tiveram que usar da força para algemar e conduzir o suspeito até a delegacia. Diante dos fatos, o delegado de plantão ratificou a voz de prisão em flagrante.
As investigações seguem sendo realizadas pela Polícia Civil. Na terça-feira (14) foram ouvidos os depoimentos de quatro testemunhas. Agora, a polícia aguarda o resultado dos exames que poderão identificar o material genético, e comprovar se o sangue na roupa do suspeito é da menina de 4 anos.
O delegado explica que o individuo deverá responder por estupro de vulnerável. “Já temos indícios suficientes da autoria e da materialidade”, enfatiza. Ele ressalta que ainda restam serem ouvidas duas testemunhas, a mãe da vítima, que também será avaliada sua responsabilidade ou omissão no crime, por expor a criança ao ambiente do bar, em período noturno, e a outra mulher, a qual a mãe da criança teve o desentendimento antes do estupro.