Tribunal do Júri condena a 22 anos, 10 meses e 15 dias de prisão homem denunciado por matar a companheira asfixiada em Ponta Grossa
Da Redação*
Ponta Grossa – O Tribunal do Júri condenou a 22 anos, 10 meses e 15 dias de prisão em regime inicial fechado o homem denunciado pelo Ministério Público do Paraná( MPPR) pelo assassinato da própria companheira em 17 de fevereiro de 2024, no Condomínio Campo Belo, em Ponta Grossa.
Conforme a denúncia, apresentada pela 10ª Promotoria de Justiça da comarca, o réu, agora condenado, matou Maria da Luz Alípio, de 51 anos, por asfixia – a motivação seria o fato de as filhas dela não aprovarem o relacionamento, e ele se sentir desprezado.
O Conselho de Sentença acolheu as teses defendidas pelo MPPR, considerando as qualificadoras de motivo torpe, emprego de asfixia e feminicídio. A pena considerou também o crime de furto, pois o criminoso, após o homicídio, furtou uma motocicleta de propriedade da vítima e foi para São Mateus do Sul, onde foi localizado e preso pela Polícia Militar.
Antes de condenado, o réu já estava preso preventivamente e permaneceu detido para início imediato do cumprimento da pena.
Maria Alípio foi sepultada dois dias após sua morte, no Cemitério Biscaia, em Ponta Grossa.
Feminicídio
Na data do crime, o feminicídio (assassinato de uma mulher por razões da condição do sexo feminino) ainda era considerado pela legislação brasileira uma qualificadora do crime de homicídio. Desde 9 de outubro de 2024, o feminicídio é tipificado como crime autônomo.
*Com Assessoria