Da redação
Ponta Grossa – Policiais civis da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa , prenderam, na manhã desta segunda-feira (17), dois suspeitos de envolvimento no homicídio de Alesson Luiz Soares, ocorrido na madrugada de 25 de dezembro de 2024, no bairro Boa Vista, em Ponta Grossa.
De acordo com as investigações, Alesson foi assassinado dentro de sua residência, na frente de seus familiares, por dois homens armados que invadiram a casa. O crime teria sido motivado por um desentendimento relacionado ao pagamento de um serviço de construção, envolvendo a quantia de R$ 50.
A vítima teria contratado um dos suspeitos, que seria o mandante do crime, para realizar um serviço de construção de uma calçada em sua residência. Durante um dia de chuva, Alesson informou ao suspeito que não seria possível concluir o trabalho devido ao tempo ruim e, por isso, não pagaria o valor integral da diária. O não pagamento total teria irritado o suspeito, que, em um acesso de raiva, planejou a morte de Alesson.
Na véspera de Natal, o suspeito ameaçou a vítima, dizendo que alguém morreria em sua casa naquela noite. Com o uso de tornozeleira eletrônica, foi possível rastrear o suspeito, que então tentou que outros dois homens executassem o homicídio.
Entre os detidos nesta manhã está o suposto mandante do crime, que foi monitorado por tornozeleira eletrônica desde a época dos fatos, e um dos executores, que foi preso dias após o homicídio com uma arma de fogo do mesmo calibre utilizada para matar Alesson.
A Polícia Civil segue com diligências para capturar um terceiro envolvido no crime. O Delegado Luís Gustavo Timossi se manifestou sobre o caso, destacando a crueldade do homicídio, ocorrido na noite de Natal, diante de filhos menores da vítima. “É inconcebível que a vítima tenha sido assassinada, na noite de Natal, em frente de seus filhos menores, por motivo tão ignóbil”, afirmou. Ele acrescentou que os suspeitos serão indiciados por homicídio triplamente qualificado, conforme o art. 121, §2º, incisos I, II e IV do Código Penal , devido à paga ou promessa de recompensa, motivo fútil e à impossibilidade de defesa da vítima. As penas podem chegar a 30 anos de prisão.