Emerson Teixeira
Carambeí – O início da semana no município foi movimentado no setor de segurança e causou revolta na população com o caso do estupro de uma mulher de 58 anos e da tentativa de estupro de outra, de 42 anos, no Jardim Eldorado. Diante desse cenário os membros do Conselho Municipal de Segurança Pública (Conseg) se reuniram na noite de quarta-feira (8) para debater a segurança na cidade.
O presidente do Conseg, Máximo Roberto Sperandio Nascimento, destacou a participação popular no encontro, que reuniu aproximadamente 40 pessoas. “O povo está começando a participar das reuniões, a buscar informações, contamos com a participação de vários empresários. A reunião durou em torno de uma hora de uma conversa muito produtiva, muitos assuntos abordados, entre eles o caso de estupro, que infelizmente ocorreu na terça-feira (7), sobre os moradores de rua e pedintes, os grupos de WhatsApp e as câmeras de monitoramento das residências que colaboram nas investigações e identificação de criminosos”, conta.
Um dos temas que chamaram atenção na reunião é o baixo índice de registro de boletim de ocorrências. “A população reclama muito em grupo de WhatsApp, pode reclamar, mas deve participar das reuniões, e principalmente, registrar boletim de ocorrência, foi roubada uma bola, uma bicicleta, não fazem BO [boletim de ocorrência], tem que fazer BO, ligar no 181, precisamos alimentar as estatísticas das forças policiais, porque do contrário não teremos os números reais das ocorrências, mas daí a população quer reclamar que não tem policiamento, nós temos dois policiais, mas se formos ver as estatísticas do município, quase zero”, aponta.
Máximo cita que no último final de semana foram publicados vários comentários em grupo de WhatsApp e redes sociais sobre furtos, mas nenhum boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Militar ou na Polícia Civil. “Publicam num grupo de WhatsApp que roubaram tal coisa no [Jardim] Eldorado, mas tem BO? Não tem. Dificulta o trabalho dos policiais. Por exemplo no último final de semana, roubaram a bateria do ônibus da APAE, duas casas no Jardim Eldorado, sabemos quem é, mas não foi feito BO, mexeram numa chácara, entraram numa casa da colônia, mas ninguém fez o BO, mas nos grupos de WhatsApp tem várias ocorrências de furto, mas grupos de WhatsApp não resolve, não é o departamento da polícia”, enfatiza.
Por outro lado, o presidente do Conseg reconhece que a população tem dificuldade em acessar os canais de denúncias e acaba desistindo de registrar a ocorrência. “Foi tratado também sobre o aplicativo 190, o sargento Weslei falou sobre o aplicativo que já funciona bem na cidade de Castro, já em Carambeí o acesso está baixo, e muitas pessoas desistem de denunciar no 181 por causa do número de informações que é solicitado, muitas pessoas tem dificuldade para fazer o BO online, tem os dois lados da moeda”, avalia.