*30 DIAS PARA CONCLUIR INQUÉRITO
Da redação
Na segunda-feira (30), três jornaleiros a serviço do Página Um News foram ameaçados e impedidos de entregar 800 exemplares da edição nº 3777-A no distrito de Socavão, município de Castro. O grupo foi abordado por um homem armado, que disparou tiros para o alto e os forçou a abandonar a entrega dos jornais. O caso foi registrado como crimes de ameaça, disparo de arma de fogo e danos ao patrimônio na 43ª Delegacia Regional de Polícia de Castro.
Segundo o relato de Alexsandro de Ávila, um dos jornaleiros envolvidos, o grupo foi surpreendido quando um veículo, uma Renault Oroch, de cor escura, bloqueou a passagem deles na estrada de acesso ao distrito. “Eu estava na frente e, ao tentar frear, acabei batendo no carro. Um homem saiu do veículo, obstruiu minha passagem e, em seguida, sacou uma arma e atirou duas vezes para o alto, mandando que fôssemos embora”, declarou Alexsandro. Ele acrescentou que o suspeito ainda seguiu o grupo por um bom trecho, disparando mais tiros em sua direção. “Acredito que o impedimento tenha sido motivado pelo jornal que levávamos, já que ele não nos conhecia”, afirmou o jornaleiro.
Questionado pela reportagem do jornal Página Um, o delegado responsável pelo caso, Marcondes Alves Ribeiro, comentou: “As investigações estão em andamento e serão concluídas dentro do prazo de 30 dias, conforme prevê o Código de Processo Penal. Ainda é cedo para determinar a capitulação jurídica do fato, e as diligências continuam em sigilo até a devida conclusão”.
O diretor do Página Um News, Sandro Adriano Carrilho, manifestou indignação com o ocorrido. “Isso é um ataque à liberdade de imprensa. Três trabalhadores foram impedidos de exercer sua profissão por um grupo que, claramente, tinha interesse em censurar o conteúdo que estávamos distribuindo, o qual denunciava a ficha criminal do prefeito Neto. É inaceitável que a população de bem fique refém de marginais que agem como salvadores”, declarou Carrilho, pedindo rigor nas investigações.
O caso, que envolve ameaças diretas aos profissionais da imprensa e um claro atentado contra a liberdade de informação, segue sendo investigado pela Polícia Civil de Castro.