Polícia Civil identifica histórico de agressões de homem preso por matar filho de dois meses

Investigações revelam padrão de violência contra bebês, crianças e ex-companheiras; suspeito já teria tentado matar por estrangulamento e provocado fraturas em outros filhos

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Da Redação*

Ponta Grossa – A Polícia Civil do Paraná revelou, nesta sexta-feira (8), novos detalhes estarrecedores sobre o histórico de violência de Lucas Rodrigues Soares, 37 anos, preso em flagrante no dia 19 de julho de 2025 pelo assassinato do próprio filho, Emanuel Benício Rodrigues Stefanczuk, de apenas dois meses de idade.

Segundo o delegado Luís Gustavo Timossi, responsável pelo caso, as investigações identificaram outros episódios de agressões cometidas por Lucas contra crianças, incluindo filhos e enteados, além de ex-companheiras. Entre os casos registrados, estão a fratura do fêmur de um bebê de dois meses, mordidas que deixaram marcas profundas na pele de um recém-nascido e um tapa no rosto de uma criança de três anos, em 2016.

Também foram apuradas denúncias de tentativa de feminicídio contra uma ex-companheira, agredida por estrangulamento em 2016, e episódios de maus-tratos, como a administração de superdosagem de medicamento a um bebê recém-nascido e o lançamento de um gato doméstico contra uma criança de dois anos.

De acordo com o delegado, um padrão de comportamento sádico e premeditado ficou evidente. As agressões, segundo relatos, ocorriam sempre que o suspeito ficava sozinho com as crianças, enquanto as mães trabalhavam. “A frieza e crueldade demonstradas pelo suspeito são absolutamente inaceitáveis e revelam uma torpeza moral que nos deixa estarrecidos”, afirmou Timossi. “Estamos diante de um caso que reúne os elementos mais desprezíveis da violência: o assassinato de uma criança indefesa pelas mãos de quem deveria protegê-la — seu próprio pai.”

A Polícia Científica foi acionada para realizar exames que possam apontar se Lucas possui transtorno de personalidade, dada a gravidade e a recorrência das agressões. As investigações continuam e não se descarta a existência de outras vítimas.

Relembre o caso
No dia 19 de julho, Lucas foi preso em flagrante após Emanuel, de dois meses, ser encontrado morto. A mãe da criança, que também apresentava ferimentos, procurou a Guarda Municipal pedindo socorro. Laudos apontaram sinais de agressão no bebê e na mãe. Testemunhas relataram que, na noite do crime, o pai chamou o filho de “bastardo” e, após o homicídio, buscou a companheira no trabalho e parou em um posto para comprar cerveja antes de voltar para casa.

O investigado permanece preso preventivamente e responderá por homicídio qualificado, lesão corporal no contexto de violência doméstica e outros crimes identificados ao longo da investigação.

*Com Polícia Civil

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