Da Redação*
Ponta Grossa – O caso envolvendo a morte de José Claiton Leal Machado, ex-diretor de negócios da Odonto Excellence, ganhou novo desdobramento com a Operação Falso Profeta, deflagrada nesta quarta-feira (11), pela Polícia Civil de Ponta Grossa, com o apoio das Policiais Civis de São Paulo e Rio de Janeiro que cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Ponta Grossa, Curitiba, São Bernado dos Campos (SP) e em Três Rios (RJ).
Na operação foram presos três pessoas, além do indivíduo que já se encontrava preso em Ponta Grossa, um homem de 38 anos e dois suspeitos de 29 e 34 anos no município carioca. Um suspeito segue foragido. Ele se apresentava como um suposto pastor. As Polícias Civis continuam em diligência com a finalidade de localizar e cumprir seu mandado de prisão.
As prisões são temporárias, de 30 dias, e a Polícia Civil prossegue com as investigações para esclarecer completamente os fatos e responsabilizar os envolvidos.
Apuração
As investigações apontam que a morte de Claiton, como era conhecido em Carambeí, sua cidade natal e onde foi sepultado, foi encomendada e que um grupo de indivíduos teriam recebidos valores para executar a vítima. Os policiais descobriram uma logística complexa para a execução. O primeiro autor preso teria ficado hospedado diversos dias na cidade, em hotéis diferentes.
Um dos envolvidos, com passagens policiais por mais de um Estado, seria supostamente pastor de uma igreja evangélica no Estado de São Paulo, que esteve em Ponta Grossa, e durante sua estadia na cidade, ele “ teria coordenado às ações criminosas e teria recebido quase R$ 2 milhões a título de doações de uma empresária que supostamente foi induzida a erro pelo pastor que teria “desfeito” vários serviços de macumbaria, tendo a empresária feita à doação de valores, em diversas oportunidades”, relatam os investigadores.
A polícia descobriu que uma das contas que o pastor indicou para transferência coincide com os dados cadastrais que foram usados para pagar a hospedagem do primeiro indivíduo preso. Com o avanço das investigações, a Polícia Civil, por intermédio do Delegado de Polícia que preside as investigações, representou por mandados de busca e apreensão e prisões temporárias dos suspeitos, realizadas com a Operação Falso Profeta.
Relembre
José Claiton foi abordado, no início da noite do dia 19 de abril de 2021, por dois homens quando chegava a sua residência, ocasião em que teria supostamente ocorrido luta corporal entre a vítima e os suspeitos. Um dos indivíduos estava armado com um revólver e outro com um simulacro. A vítima foi alvejada na região da cabeça, chegou a ser hospitalizada, mas não resistiu aos ferimentos.
Na ação criminosa, um dos autores subtraiu a pistola da vítima. Horas depois, Guardas Municipais, receberam denúncias de que um indivíduo estaria armado na região central da cidade. Ao abordarem o suspeito foi localizada a pistola da vítima.
O homem foi preso e indiciado pelo crime de homicídio qualificado e furto qualificado, ou seja, “a intenção, inicial, dos autores era de praticar o homicídio e, aproveitando-se, da dinâmica dos fatos levaram a arma desta da vítima”, aponta a investigação. Ele segue preso até hoje. O procedimento está em fase de ação penal.
*Com Polícia Civil