PCPR deflagra operação contra organização envolvida com tráfico e tribunal do crime em Jacarezinho
Os policiais civis têm a missão de cumprir 15 mandados de busca e apreensão e seis de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e porte ilegal de armas. Os agentes em solo contam com o emprego de cães de faro e o apoio aéreo de um helicóptero da PCPR.
AEN
Jacarezinho – A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas para cumprir 21 ordens judiciais contra um grupo criminoso investigado pela atuação no tráfico de drogas e diversos outros crimes, além da execução de tribunais do crime. A operação foi deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (10) em Jacarezinho, no Norte Pioneiro.
Os policiais civis têm a missão de cumprir 15 mandados de busca e apreensão e seis de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e porte ilegal de armas. Os agentes em solo contam com o emprego de cães de faro e o apoio aéreo de um helicóptero da PCPR.
A ação é um desdobramento de uma complexa investigação iniciada em fevereiro deste ano com a prisão em flagrante de uma mulher, apontada como liderança local do tráfico de drogas. “A análise técnico-investigativa iniciada após esta prisão revelou uma intrincada rede criminosa com rígida hierarquia e segmentação de tarefas: desde a gestão da contabilidade, passando pela distribuição, cobrança, disciplina interna e até mesmo o julgamento de membros por meio de uma estrutura paralela conhecida como tribunal do crime”, explica o delegado Tristão Borborema.
Os elementos colhidos indicam que a investigada exercia função de comando dentro de uma célula de uma organização criminosa de atuação nacional. Ela atuaria no disciplinamento interno, resolução de conflitos e administração de pontos de tráfico. Conversas interceptadas também demonstraram sua autoridade sobre diversos membros, inclusive indivíduos em privação de liberdade que, mesmo reclusos, prosseguiam na articulação das ações externas do grupo.
Além da atuação da suspeita, a investigação apurou que o grupo agia em bairros distintos de Jacarezinho, sendo que todos os pontos eram interligados por uma cadeia operacional voltada ao comércio ilícito de entorpecentes, aliciamento de adolescentes e uso da intimidação como forma de garantir silêncio, lealdade e eficiência no cumprimento das diretrizes dos criminosos.
As diligências revelaram a prática de crimes conexos, como corrupção de menores, obstrução da Justiça, ocultamento patrimonial e reinvestimento de capitais ilícitos. Identificaram-se ainda mecanismos destinados a dificultar a ação policial, como transferências bancárias dissimuladas, uso de perfis falsos em redes sociais e codinomes.