Pai preso após morte de filha em Carambeí é liberado, defesa contesta acusações de abuso sexual

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Da redação*

Carambeí – O pai da menina de 6 anos que morreu no Centro Municipal de Saúde (CMS) de Carambeí foi solto na tarde deste domingo (9), após ter sido preso um dia antes, sob suspeita de envolvimento em suposto caso de abuso sexual. A prisão ocorreu após médica que atendeu a criança ter relatado lesões pelo corpo da vítima.

A defesa do pai emitiu nota à imprensa, no início da noite de domingo (8), na qual reitera a inocência do acusado e classifica as acusações como “absurdas” e um “desrespeito” à sua honra. “A acusação feita em seu desfavor beira ao absurdo e constitui um grande desrespeito a um homem íntegro, sem passagens pela polícia, e que perdeu a sua filha de forma extremamente trágica”, declarou a defesa.

Contestação

De acordo com a nota, as informações de que a criança possuía “ferimentos em partes íntimas” não estão de acordo com os autos do processo. A defesa afirma que, embora a médica tenha relatado “claros sinais de abuso”, não há descrição de lesões genitais ou sangramentos que corroborem a hipótese de um crime sexual. A defesa sustenta que, caso houvesse um abuso sexual, a médica deveria ter descrito lacerações e intenso sangramento, o que não ocorreu.

A menina sofria de asma e estava passando por uma investigação de possível problema cardíaco. Ela havia feito recentemente um eletrocardiograma que mostrou alterações, o que, segundo a família, pode ter sido a causa da parada cardiorrespiratória que levou ao óbito.

A defesa acredita que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmará uma complicação cardiorrespiratória como causa da morte.

Relaxamento

O Ministério Público, após analisar as circunstâncias, reconheceu a ausência de provas contundentes contra o pai da criança e solicitou o relaxamento de sua prisão em flagrante, o que foi acatado pelo juiz de plantão. O alvará de soltura foi expedido na tarde de domingo.

A defesa também informou que estuda a possibilidade de abrir representação junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) contra a médica que relatou os indícios de abuso, alegando que sua avaliação foi precipitada.

O caso

A menina foi levada ao CMS de Carambeí após sofrer parada cardiorrespiratória em casa. Apesar dos esforços, ela não resistiu e faleceu. Com a suspeita de que houvesse sinais de abuso, a Polícia Militar prendeu o pai da criança momentos após a confirmação do óbito.

O delegado responsável pelo caso, Romeu Ferreira, afirmou que o inquérito corre em sigilo e que, por isso, não poderia fornecer mais detalhes à imprensa. O corpo da menina foi sepultado no Cemitério Municipal de Tibagi na manhã deste domingo (8).

*Com Vinicius Machado

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