Da Redação
Carambeí – A defesa do pai de uma menina de 6 anos, falecida no dia 7 de setembro, em Carambeí, procurou a reportagem do Página Um News , para apresentar detalhes da morte da jovem.
Após um mês de análises periciais, chegou-se a conclusão que a causa morte não foi em decorrência de estupro e nem outra violência, e sim de um problema no coração. O advogado que representa a família, Guilherme Machado, enviou uma nota, explicando a situação.
“Foi apresentado no processo, hoje (15), o laudo de necropsia de M.E.D.S.P, falecida aos 6 anos de idade. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) é conclusivo quanto a morte ter ocorrido por causas naturais. Segundo o que foi apurado, a criança possuía coração aumentado, além de ter sido observado derrame pericárdico, derrame pleural e outras complicações. Na necropsia realizada, a médica afirma que da análise cadavérica, não haviam elementos para afirmar a ocorrência de violência sexual”, explicou o comunicado.
A defesa explicou que ainda aguarda o resultado dos exames de swab anal e vaginal, os quais visam, em síntese, verificar a presença de sêmen ou outro material genético no local periciado.
Em que pese as investigações, mesmo que ainda não tenham sido concluídas, é certo afirmar que o falecimento da menor não ocorreu por nenhuma ação criminosa, tendo sido o caso uma fatalidade sem culpados.
“E, mesmo que neste momento nada seja capaz de acalentar o luto vivido por esta família, e nada seja capaz de compensar a perda dela, saber que sua morte decorreu de causas naturais permitirá que a família vivencie esta dor em paz”, complementou a nota.
A defesa diz que reitera o repúdio a atuação irresponsável apresentada pela médica que afirmou a ocorrência de óbito decorrente de abuso sexual, assim como reitera o repúdio a ação dos conselheiros tutelares, que, de forma infeliz, corroboraram com as alegações falaciosas dos indícios de violência no caso em questão.
Além disso, a defesa estuda as medidas cabíveis que possam ser tomadas para responsabilizar aqueles que criaram e fomentaram a falsa acusação que fez com que o pai perdesse o funeral da filha, e fosse injustamente acusado e atacado.
“Ainda, aguardamos a devida retratação dos veículos de imprensa que noticiaram o suposto crime, com presença de ferimentos em partes intimas, os quais nunca existiram”, finalizou a nota, se referindo a forma como foi divulgada a notícia, de forma muito extraoficial.
O caso
Conforme o apurado, na ocasião, médica do Centro Municipal de Saúde (CMS de Carambeí), acreditou, por meio de marcas nas regiões íntimas da menina, que ela teria sido estuprada, e o pai, o principal suspeito.
A vítima chegou já sem vida ao CMS, e devido a suspeita, foi acionado o Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa. No dia, o homem foi preso e levado à Cadeia Pública de Castro, sendo solto um dia depois, por falta de provas .