Funcionários de empresa de coleta de lixo são indiciados por maus-tratos a animal em Ponta Grossa

*Investigação da Polícia Civil concluiu que cachorro pode ter sido descartado ainda com vida no compactador do caminhão

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Da Redação*

Ponta Grossa – O inquérito policial que investigava um caso de maus-tratos a animal ocorrido na sexta-feira (9), no bairro Jardim Carvalho, em Ponta Grossa, foi finalizado pelo 2º Distrito Policial da Polícia Civil, em Ponta Grossa. O fato foi registrado por câmeras de segurança de uma residência próxima ao local.

Segundo as investigações, funcionários da empresa de coleta de lixo atropelaram um cachorro e, na sequência, um dos coletores, de 24 anos, lançou o animal no compactador do caminhão. Conforme o delegado Derick Moura Jorge, responsável pelo caso, “não houve tempo suficiente para socorro e tampouco para constatação do óbito antes de o coletor arremessá-lo no compactador do veículo, o que caracteriza a prática de maus-tratos, uma vez que o animal pode ter sido descartado ainda com vida, sendo submetido a sofrimento desnecessário”.

Foram indiciados o coletor que jogou o animal no triturador e o motorista do veículo, de 29 anos, este último por “responsabilidade pelo atropelamento e pela omissão em tomar providências adequadas após o ocorrido”. Ambos responderão pelo crime previsto no artigo 32, §1º-A, da Lei 9.605/98, com as alterações introduzidas pela Lei nº 14.064/2020, que prevê pena de reclusão de 2 a 5 anos e multa.

O caso ocorreu quando a tutora do animal, uma estudante de 22 anos, estava na faculdade. Três dos seis cães da família escaparam para a rua. Dois retornaram, mas o terceiro não. As imagens do circuito de monitoramento registraram o momento em que o caminhão atropelou o cachorro e, logo em seguida, o funcionário descartou o animal no sistema de compactação.

O inquérito foi relatado à Justiça, que dará prosseguimento ao processo contra os indiciados.

O que diz a empresa

Em nota, a Ponta Grossa Ambiental (PGA) lamentou o ocorrido e manifestou solidariedade à família. Informou ainda que afastou os funcionários envolvidos e que iniciou uma apuração interna rigorosa para esclarecer os detalhes do caso.

Conforme os protocolos de operação da empresa, em situações como essa, a coleta deve ser interrompida e o fiscal de operação acionado imediatamente. A conduta da equipe está sendo analisada, e os dois colaboradores envolvidos permanecerão afastados até a conclusão da investigação, que agora está sob responsabilidade da Polícia Civil.

“A PGA reforçará, junto a todas as equipes operacionais, os procedimentos estabelecidos para ocorrências dessa natureza, reafirmando seu compromisso com a segurança de todos”, disse um dos trechos da nota.

*Com 13ª SDP

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