Correspondente bancária é presa em Irati suspeita de aplicar golpes com uso de dados e reconhecimento facial

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Da Redação

Irati – Mulher de 24 anos foi presa preventivamente pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) nesta terça-feira (13) em Irati, sob suspeita de aplicar uma série de golpes relacionados a contratos de empréstimos e financiamentos fraudulentos. A prisão foi realizada por policiais da 41ª Delegacia Regional, após investigação que apontou sua ligação com ao menos cinco ocorrências registradas entre janeiro e maio deste ano.

Segundo a polícia, a investigada atuava como correspondente bancária de uma agência de serviços financeiros que representa uma grande instituição nacional. De acordo com os boletins de ocorrência, as vítimas relataram terem sido lesadas após simular ou contratar empréstimos por meio da suspeita, sendo algumas induzidas a devolver quantias indevidamente pagas e outras surpreendidas com financiamentos não autorizados em seus nomes.

“O que chamou atenção da equipe de investigação foi a similaridade entre os relatos. Todas as vítimas citaram nominalmente a mesma atendente. A partir disso, foram reunidos indícios sólidos de que se tratava de uma atuação sistemática, com características de estelionato e furto mediante fraude”, informou a Polícia Civil.

O modus operandi da suspeita envolvia a coleta de documentos pessoais e dados bancários com o argumento de atualização cadastral, além da realização de fotos e reconhecimento facial, muitas vezes na residência ou local de trabalho das vítimas. Essas imagens, segundo a investigação, eram utilizadas para validar assinaturas eletrônicas em contratos que as vítimas desconheciam.

Em casos identificados, parte do valor do empréstimo era repassada ao cliente, mas a suspeita exigia que a quantia fosse devolvida para sua conta pessoal, com a justificativa de cancelamento do contrato. Em outros episódios, as vítimas apenas tomaram conhecimento de financiamentos em seus nomes ao receberem cobranças.

Um elemento-chave da investigação foi a coincidência entre o horário das supostas assinaturas eletrônicas e o momento em que a investigada realizava o reconhecimento facial das vítimas — indício claro de que as autorizações teriam sido forjadas.

Diante do risco de continuidade das fraudes e do uso indevido da função de correspondente bancária para obtenção de dados sensíveis, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva da suspeita. O pedido foi acatado pela Vara Criminal de Irati, e o mandado foi cumprido na manhã desta terça-feira.

A investigada foi encaminhada ao Departamento Penitenciário do município, onde permanece à disposição da Justiça.

A Polícia Civil reforça a importância de denúncias da população. Informações que possam contribuir com a elucidação de crimes podem ser repassadas de forma anônima pelos números 197 ou 181.

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