(Assista a agressão) Passeio se transforma em drama para Janaina Martins da Rosa que foi espancada em rua de Castro

(Assista a agressão) Passeio se transforma em drama para Janaina Martins da Rosa que foi espancada em rua de Castro

Emerson Teixeira

O que era para ser um passeio rotineiro com amigos se transformou em pesadelo para Janaina Martins da Rosa. Na noite de sábado, 9 de junho, ao retornar para casa, na Rua São Tomé, na Vila Santa Cruz, acompanhada do namorado, Kairon Davi de Oliveira Santos, e de um casal de amigos, Janaína foi vítima de uma brutal agressão. Dois homens, ainda não identificados pela polícia, atacaram o grupo com socos e pauladas. O caso só veio à tona esta semana, após a agredida receber alta do hospital.

Ela precisou passar por uma cirurgia para reconstrução facial devido à gravidade das agressões. “Meu rosto caiu pra baixo. Na cirurgia, eles fizeram um corte por dentro da minha boca e usaram o corte do meu rosto para colocar um pino e erguer, porque se não meu rosto ia ficar desmontado, caído pra baixo”, detalhou a vítima.

Janaina decidiu procurar a reportagem do Página Um News para expor sua situação, que foi capturada por câmeras de monitoramento de residências próximas ao local da agressão. “Estou expondo porque enquanto a vida dele está normal, ele está continuando a vida dele e eu estou em casa toda machucada. Não tenho coragem de sair na rua porque estou com a cara toda roxa. Acredito que seja uma lição para ele não cometer esse tipo de crime novamente. Bater em mulher já é um crime, e faltou muito pouco para ele ter me matado”, desabafa.

Agressão

Janaina conta que não se lembra dos detalhes da agressão, mas recorda que, até o momento do ataque, estavam voltando para casa quando dois homens em um carro branco passaram e mexeram com elas. “Esse moço mexeu comigo e meu namorado revidou. Quando estávamos indo pra casa, eles tentaram nos atropelar na ponte da Prainha. Quando chegamos perto de casa, eles pararam o carro, desceram com um pedaço de pau, e eu não vi mais nada, porque desmaiei com a pancada. Eles bateram na gente até acabar com o pedaço de pau. Acordei na UPA sem entender nada, toda machucada. Fiquei lá de sábado até domingo e depois fui transferida para Ponta Grossa. Quebrei o rosto perto do olho, fiquei internada de domingo até quinta-feira. A cirurgia foi na quarta-feira”, relembra Janaina.

Investigação

O advogado da vítima, Maikon Iglesias, informou que na terça-feira (25) está marcado o depoimento de Janaina, do namorado e de duas testemunhas. “Já foi instaurado inquérito. Após os depoimentos, possivelmente chamarão os investigados para serem ouvidos. Queremos que o agressor responda criminalmente pela lesão que causou na Janaina e no namorado dela”, disse o advogado.

De acordo com Maikon, Janaina deverá passar por exame de corpo de delito para determinar a gravidade das agressões. “Vai depender do laudo. Se o médico entender que ela teve incapacitação para mais de 30 dias, pode se tornar uma lesão grave. A princípio, o crime seria de lesão corporal leve, podendo evoluir para grave, no meu entendimento”, explica.

Tratamento e recuperação

Janaina retornou ao hospital em Ponta Grossa nesta quinta-feira (20) para a retirada dos pontos, mas o procedimento foi adiado para a quarta-feira (26). Ela continua em repouso em casa, alimentando-se de comida pastosa. “Está sendo superdifícil, minha família está muito assustada. Meus pais nunca encostaram o dedo em mim, e agora alguém da rua me bateu. Estou tendo muitos gastos com remédios”, relata.

Desfecho

Janaina ainda está lidando com as consequências físicas e emocionais da agressão. “Os dois homens que nos agrediram eram fortes, e eu, por ser mulher, fui ainda mais machucada. Eles usaram pedaços de pau, e graças a Deus não fiquei cega. Foi muito perto da minha fonte, podiam ter me matado. A outra garota que estava conosco também apanhou muito, teve um corte grande na cabeça e está com o corpo cheio de machucados, mas ela preferiu não mostrar as fotos dela. Eles bateram mais em nós do que nos meninos.”

Ela encerra dizendo que sua família procurou um advogado para resolver a situação na justiça, pois “agressão só geraria mais agressão”. Janaina pretende não sair de casa até melhorar completamente. “A cicatriz vai ficar, mas meu rosto ainda está bem roxo e inchado. Minha vida não está normal, estou só dentro de casa, tomando um monte de remédios. Quando eles mexeram com a gente, a gente revidou, mas isso não justifica o que fizeram conosco”, conclui.

Redação Página 1

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