Eles moravam na mesma rua. Inácio, 27 anos, era o campeão de Bilhar no Bar da Esquina. Foi desafiado por um garoto que iria servir ao Exército naquele ano. Na aposta, em “dinheiro vivo”, Jair fez o seu jogo, ganhou e comemorou, com copos de capilé, junto aos amigos da sua idade, no banco da nossa Praça. E o Inácio? Dizem que se afogou nos habituais “rabos de galo”, que era um clássico nos “botecos” da cidade. Eu mudei de lá, sei que o bar fechou logo depois que sumiu a bola 13. E o Inácio? foi visto em reuniões de um Sindicato, porque lá também faziam “jogos de sinuca”. Alexandre, outro garoto da nossa rua, era recluso, não saia de casa, sua mãe, dizem, sempre o proibia, mostrando um “chinelo”. Exímio leitor de “manuais” e da revista Seleções”, suas preferências eram sempre sobre “reviravoltas sociais e piadas de caserna”. No ano passado, ele tentou um “reencontro amigável” entre “antigos “moradores”. Soube que um sempre acusava o outro mas ambos tem “ideias erradas de como dirigir uma Brasília”. Enfim, o “reencontro não aconteceu”. E uma voz rouca sempre é ouvida “urrando alto”, nas noites de um Palácio. E o Alexandre, por onde anda? Dizem que ele, hoje, é que dirige a Brasília! E que agora, vai atropelar o Jair”. Putz! Nem eu, nem o Inácio, conseguimos acreditar!
