Veículo da Câmara é usado para visita à loja de armas em Castro

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Luana Dias

Um carro oficial, da Câmara Municipal de Castro, teria sido usado por um assessor administrativo da Casa para visita a uma loja de armas do município, numa segunda-feira, em horário comercial. A denúncia foi feita pela ONG Vigilantes da Gestão, que apresentou evidências do ocorrido ao Ministério Público de Castro, nesta quarta-feira (26).

De acordo com documento elaborado pela ONG, na segunda, 17 de janeiro, o presidente da entidade percebeu que um veículo oficial da Câmara de Vereadores circulava, aparentemente de forma aleatória, por vias secundárias da cidade. Ao seguir o veículo, que teria circulado por diversas ruas antes, o presidente da ONG, Sir Carvalho, notou que o mesmo foi estacionado em frente à loja de armas, aproximadamente às 14h30.

“Tendo em vista que armas e munições não são insumos e equipamentos consumidos pela Casa Legislativa de Castro, o presidente do Vigilantes da Gestão adentrou na loja e, como conhece a casa, verificou que o vendedor [nome ocultado] estava na sala destinada a mostrar armas, e o funcionário da Câmara, Tony Mascarenhas Galetto Prado, o mesmo é assessor administrativo da Câmara Municipal de Castro, que no momento manuseava um revolver de inox (a porta estava entre aberta). Tal situação também foi presenciada pela [nome ocultado] proprietária do estabelecimento, pois estava no balcão da loja, podendo ser arrolada como testemunha dos fatos”, o trecho foi colhido na íntegra, do documento apresentado pela ONG Vigilantes.

Tal documento, que também foi apresentado ao Ministério Público, pede que seja aberta investigação dos fatos e instaurados procedimentos cabíveis relativos a potencial desvio de finalidade no uso do veículo da Câmara de Vereadores de Castro. Também solicita a apuração da responsabilidade solidária do presidente da Casa, por autorizar o uso do veículo, citando neste caso possível relação próxima, entre o servidor e o vereador, e, solicita ainda a comunicação das medidas adotadas. A reportagem tentou ouvir o presidente da Câmara de Vereadores antes da publicação desta matéria, no entanto, não houve retorno. Também há tentativas de contato com o assessor citado na denúncia, mas, ainda sem êxito.

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