Bianca Martins
O movimento contrário à eleição do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que mantinha acampamento em frente ao 5º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, em Castro, retirou toda a estrutura montada e as máquinas agrícolas, na manhã de segunda-feira (2), um dia após a posse do presidente eleito. Alguns integrantes acompanhavam o esvaziamento do local e o clima era de decepção. Poucos se manifestaram. Outros não quiseram dar entrevista. “Não tem o que falar” foi a frase mais usada para explicar a negativa em dar um depoimento sobre o fim do movimento. O senhor Francisco Chibata, produtor rural aposentado, foi um dos únicos que aceitou falar. “Estou aqui desde o primeiro dia. Eu vou sentir muita saudade disso aqui. Fiz amigos, conheci muita gente, tudo gente de bem, trabalhador. Fiz grandes amigos. Fica a decepção de algumas coisas. Mas acho que ainda vai dar certo. Eu tenho esperança “, desabafou.
Por 60 dias, ele se revezaram em uma vigília permanente, cantando o hino nacional, fazendo orações, ‘clamando S.O.S Forças Armadas’, de hora em hora. Ninguém soube informar se o movimento continuará mesmo com o fim do acampamento.