Da Redação
Uma coleção de infrações e denúncias tomaram conta do cenário eleitoral de Castro.
Nos últimos dias, diversos episódios envolvendo ameaças, multas e até a tentativa de homicídio no distrito do Socavão ganharam a atenção da Polícia e órgãos de representação da Imprensa.
Conheça os casos
Conforme já noticiou o Página Um News, Miguel Zahdi Neto – Neto Fadel -, hoje prefeito em exercício de Castro, foi preso por porte e disparo de arma de fogo, em Ponta Grossa. A prisão aconteceu em 10 de fevereiro de 2010 e, de acordo com o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, número 113.339, ele permaneceu 16 horas na Cela X1 da 43ª Delegacia de Castro.
Já em 2017, Neto Fadel foi condenado por agredir um homem dentro de um bar, em Castro.
Pelos danos morais decorrentes da lesão corporal, ele foi condenado a pagar cerca de R$ 75 mil à vitima.
No processo, Neto Fadel ainda tentou justificar a agressão, dizendo que agiu em legítima defesa, mas na sentença, a juíza reforça que as imagens da câmera de segurança demonstraram que em momento algum a vítima ameaçou a integridade física de qualquer pessoa.
Neto não pagou a indenização determinada pela Justiça. O valor acabou sendo cobrado do proprietário do bar.
NETO FADEL PRESO E CONDENADO
O portal do judiciário Jusbrasil revela que, além da prisão por porte de arma de fogo e a condenação por agressão, o candidato Neto acumula outros 47 processos judiciais. Entre as causas estão calúnia, dano moral, infrações eleitorais, dívidas trabalhistas, inadimplência e pagamentos frios. No site, é possível confirmar detalhes sobre as acusações contra Neto, o nome de alguns reclamantes e se os casos correm ou não em segredo de justiça. A lista de processos é pública e pode ser acessada por qualquer cidadão pelo link https://www.jusbrasil.com.br/processos/nome/37848104/miguel-zahdi-neto.
CANDIDATO NETO RESPONDE
A OUTROS 47 PROCESSOS
Dados do Portal da Transparência, em abril de 2024, comprovam que o atual prefeito Neto Fadel mantém 383 cargos comissionados na Prefeitura de Castro. Mensalmente, são cerca de R$ 4 milhões gastos em salários. A quantidade de cargos chamou a atenção dos eleitores, já que o número é equivalente ao de Ponta Grossa e mais que o dobro de Telêmaco Borba, que soma 170 cargos.
Amigos e parentes fazem parte da lista do que a oposição chamou de ‘Cabidão de Empregos’. Entre eles Emerson Fadel Gobbo, com salário de R$ 12.695,21, Michele Nocera Fadel (R$ 16.926,95), Atila Maronezzi Fadel (R$ 4.776,89) Kayna Fadel (R$ 6.269,70), Álvaro Telles (R$ 21.362,41), Diogo de Paula Nocera (R$ 14.111,01), Marcelo de Paula Nocera (R$ 11.659,99), Elaine Michalski Telles (R$ 6.269,70), Álvaro Telles Filho (R$ 12.695,21), Cezar Telles (R$ 12.695,21), Paulo Roberto Nocera (R$ 12.695,21) e Gelson Telles (R$ 13.964,73). A lista de todos os comissionados é pública e pode ser observada no Portal da Transparência do Município.
PREFEITO NETO BATE RECORDE
COM 383 CARGOS COMISSIONADOS
Justiça multa campanha de Neto em R$ 40 mil
Neto Fadel também é o recordista em multas da Justiça Eleitoral. Desde o início da campanha, ele já foi condenado a pagar R$ 40 mil por desrespeito à Legislação e propaganda irregular. O comitê do candidato também foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Justiça Eleitoral. Na ocasião, foram identificados e recolhidos materiais irregulares de campanha.
Tiroteio, ameaça e tentativa de homicídio no Socavão
Outro caso gravíssimo está sendo investigado pela Polícia. Na quinta-feira (26 de setembro), três jornaleiros foram recebidos a tiros no Socavão.
Os disparos ocorreram quando os profissionais iniciavam a distribuição da edição do Página Um News, que revelou a prisão do atual prefeito e candidato Neto, em Ponta Grossa, e a condenação que recebeu da Justiça por agressão, em Castro.
O caso está sendo enquadrado como tentativa de homicídio e já foi registrado no 43ª DRP.
Depois de atirar contra um dos jornaleiros, o pistoleiro ainda perseguiu o trabalhador.
O atirador já foi identificado e é apoiador de um grupo político. Nos próximos dias, ele será chamado a prestar depoimento.
O atentado foi formalmente repudiado por entidades representativas da Imprensa.