Caso Fadel: acordo por propina ganha destaque e repercussão em todo o Paraná

Publicação do Página Um News sobre confissão e ANPP firmado pelo deputado estadual foi replicada por grandes veículos e abriu telejornais da RPC.

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Da Redação

Castro – O cenário político paranaense foi agitado pela notícia de que o atual deputado estadual, terceiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), e ex-prefeito de Castro, Moacyr Elias Fadel Junior (PSD), firmou um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com o Ministério Público do Paraná (MP-PR). O acordo, que veio à tona no início da semana com a publicação da notícia pelo Página Um News, onde escancara o caso de corrupção passiva ocorrido em 2009, quando Fadel era prefeito, e envolveu o recebimento de propina da empresa Viação Cidade de Castro. Este compilado jornalístico busca reunir e analisar as informações divulgadas por diversos veículos de comunicação, destacando os pontos em comum e as particularidades de cada reportagem.

A primeira notícia sobre o acordo foi publicada pelo portal Página Um News, em 15 de setembro de 2025, sob o título “Moacyr Fadel confessa propina e fecha acordo com MP 16 anos após escândalo do ‘jaquetão'”. A reportagem detalhou que Fadel admitiu formalmente ter recebido R$ 15 mil em propina da Viação Cidade de Castro em 2009. O caso, popularmente conhecido como “episódio do jaquetão”, ganhou notoriedade por um vídeo que mostrava o então prefeito guardando o dinheiro. O ANPP foi assinado em 25 de agosto de 2025, em audiência conduzida pelo juiz Gyordano Bordignon, e prevê o pagamento de R$ 180 mil à vista a uma entidade social de Castro, com a APAE sendo sugerida como beneficiária. Em troca, o processo criminal seria suspenso e, com o cumprimento das condições, a punibilidade seria extinta e o processo arquivado. O Página Um News também ressaltou que o acordo encerra a esfera criminal, mas não afeta possíveis reflexos nas esferas cível, administrativa, eleitoral e de improbidade.

A Repercussão

Após a publicação do Página Um News, outros veículos de comunicação repercutiram a notícia, adicionando detalhes e perspectivas. A RPC (Rede Paranaense de Comunicação), na terça-feira (16) dedicou quase 10 minutos do jornal Meio Dia Paraná para trazer o caso a tona em detalhes, já no período da noite, o caso abriu o tradicional jornal Boa Noite Paraná com uma matéria exclusiva com todos os detalhes do caso.

O G1, em reportagem de 16 de setembro de 2025, confirmou os fatos centrais, incluindo o valor da propina e da multa, e destacou que Fadel foi filmado recebendo o dinheiro. A matéria do G1 também trouxe a justificativa do MP-PR para a oferta do ANPP: uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de setembro de 2024, que tornou obrigatória a análise de admissibilidade do acordo mesmo em grau de recurso.

O NPDiário, também em 16 de setembro de 2025, reiterou a confissão de Fadel e o acordo com o MP, mencionando que o funcionário da Viação Cidade de Castro alegou ter agido sob coação ao entregar a propina.

O Blog Politicamente, em 15 de setembro de 2025, além de confirmar as informações, destacou que Moacyr Fadel é o terceiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná e que o acordo foi homologado pelo juiz Gyordano B. W. Bordignon. A reportagem também mencionou que o pagamento ilegal foi gravado em vídeo e está juntado ao processo, e que o ANPP foi uma saída para Fadel evitar uma eventual condenação e a perda do mandato, especialmente após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter negado um recurso de sua defesa no início do ano.

O Ric.com.br, em 15 de setembro de 2025, corroborou os detalhes do acordo e acrescentou que, na época da gravação do vídeo, Fadel negou que o dinheiro fosse propina, alegando ser um empréstimo. O veículo também especificou que o acordo foi possível porque a pena prevista é menor que quatro anos e não se trata de crime hediondo, violência ou ameaça.

O acordo de Moacyr Fadel com o Ministério Público do Paraná representa um desfecho significativo para um caso de corrupção que se arrastava por mais de uma década. A confissão do deputado e as condições impostas pelo ANPP, incluindo o pagamento de uma multa substancial, marcam um precedente importante. A cobertura jornalística, iniciada pelo Página Um News e amplamente repercutida por outros veículos, demonstra a relevância do tema e a transparência necessária em casos envolvendo figuras públicas. Embora o acordo encerre a esfera criminal, os desdobramentos nas demais esferas e o impacto na carreira política de Fadel ainda podem ser objeto de futuras análises.

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