Câmara de Castro aprova crédito de R$ 1,8 milhão para compra de imóvel destinado à Cultura

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Emerson Teixeira

Castro – Em sessão realizada nesta quarta-feira (26), os vereadores de Castro aprovaram, em votação única, o Projeto de Lei n.º 03/2025, que autoriza o Poder Executivo a abrir um crédito adicional especial no valor de R$ 1,8 milhão para a aquisição de um imóvel localizado na Rua Padre Nicolau Baltazar, nº 177. O espaço será destinado à instalação da Secretaria Municipal de Cultura, que atualmente dividem espaço com oficinas de dança, teatro e artesanato no Prédio Cultural Vicente Machado.

Antes da votação do projeto, o vereador Paulo Nuno (PL) solicitou vistas ao texto, mas seu pedido foi rejeitado por sete votos contrários. A proposta gerou divergências entre as comissões da Casa. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida por Paulo Nuno e tendo como secretário o vereador Jhonnatan Flugel (PR), emitiu parecer contrário à aprovação, enquanto o vereador Jovenil de Freitas (Podemos), membro da CCJ, votou a favor do projeto. Já a Comissão de Finanças e Orçamento, composta pelos vereadores Professor Kleber (PL), Professor Pandorf (PP) e Professor João Paulo (PR), deu parecer favorável. O parecer contrário da CCJ foi derrubado pelo plenário por 8 votos a 3.

O vereador Jovenil argumentou que a aquisição do imóvel é vantajosa para o município. “Visitei o imóvel e avalio que o município está fazendo uma ótima compra. Três imobiliárias avaliaram o espaço: uma em R$ 1,7 milhão, outra em R$ 1,8 milhão e uma terceira em R$ 2 milhões. Trabalhei 45 anos na construção civil, aposentei faz oito meses, considerando que o metro quadrado da construção hoje custa entre R$ 3 mil e R$ 3,5 mil, só o prédio valeria R$ 1,6 milhão, sem contar o terreno, que tem 644 metros quadrados e 448 metros de área construída. Independente do município ter outras áreas, não podemos perder essa oportunidade”, justificou.

Vereador Dr. Paulo Nuno disse que não é o momento para compra de imóvel

 

Por outro lado, o vereador Paulo Nuno questionou a urgência da compra e a destinação do imóvel. “Ainda não temos a Secretaria de Cultura para utilizar esse espaço, pois o organograma ainda será analisado e votado por esta Casa. A partir do momento em que for criada a secretaria, estou junto com vocês (numa referência ao vereador Jovenil). Acho que é um bom negócio, caso não haja outro imóvel disponível. Castro tem vários prédios que podem acomodar a Cultura, como a ‘Bota do Papai Noel’, na entrada da cidade, e uma casa no início da Rua do Comércio, que poderia ser adequada”, pontuou.

Uso do superávit

O presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Professor Kleber, defendeu a aprovação do projeto com base na disponibilidade financeira do município. “Esse valor faz parte do superávit e pode ser utilizado sem comprometer os cofres públicos. Levamos isso em consideração ao dar parecer favorável à compra do imóvel”, explicou.

O projeto foi aprovado pela maioria dos vereadores, com votos contrários de Paulo Nuno (PL), Jhonnatan Flugel (PR) e Investigador Pedro (PP).

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