Paraná apresenta potencial produtivo de aves e suínos a autoridades chinesas

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AEN

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) participou na quarta-feira (02), em São Paulo, de um encontro com autoridades chinesas, lideranças nacionais do setor e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Foram apresentados o potencial produtivo da avicultura e da suinocultura brasileiras, e o trabalho de defesa agropecuária que garante a qualidade e a sanidade dessas cadeias.

A reunião ocorreu na sede da ABPA, e contou com a participação do presidente da entidade, Ricardo Santin, do vice-presidente da Agência de Inspeção e Quarentena de Entrada e Saída do Governo da China (CIQA), Wang Zhiyong, e do secretário da Agência, Duan Xiaohong, junto com representantes de organizações importadoras de proteína animal.

O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, destacou a importância da produção de proteína animal para o Estado e a estrutura de defesa agropecuária. “Está prevista para outubro uma missão técnica chinesa para acompanhar os nossos trabalhos”, disse.

O Paraná é o maior produtor nacional de frango e vice-líder na produção de carne suína. As certificações internacionais como área livre de febre aftosa sem vacinação e como zona livre de peste suína clássica independente, concedidas pela Organização Mundial de Saúde Animal em 2021, confirmam o bom trabalho de sanidade agropecuária, uma credencial para abrir mercados para as proteínas animais produzidas no Estado.

O objetivo é ampliar a comercialização de produtos cárneos de aves e suínos para a China. “Apresentamos os sistemas de vigilância e controle da saúde animal, em especial após a retirada da vacinação contra a febre aftosa e as ações de controle da influenza aviária”, explicou o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias.

PROTEÍNAS ANIMAIS – O presidente da ABPA reforçou a ampla capacidade dos produtores de aves e de suínos do Brasil em fornecer produtos de alta qualidade e sustentabilidade. Também destacou os rígidos controles adotados pelo Brasil, o reforço aos protocolos de biosseguridade e a forte ação de monitoramento frente aos casos de gripe aviária em aves silvestres.

O Brasil segue livre de registros da enfermidade em planteis comerciais. “Com total transparência, destacamos nossa posição como parceiros no auxílio à segurança alimentar da população chinesa. Queremos ampliar as relações comerciais com este que é o mais relevante mercado para a proteína animal do Brasil”, avaliou Ricardo Santin.

PARANÁ – Desde a primeira notificação de gripe aviária no Paraná, em junho, a Adapar já fez quase 800 fiscalizações na região litorânea, onde foram registrados oito focos em aves silvestres migratórias. Cerca de 20 mil aves de subsistência foram examinadas clinicamente e consideradas saudáveis. De acordo com o órgão fiscalizador, nessa região não há nenhuma granja com produção comercial ou para reprodução.

A Adapar atende 100% das notificações de suspeita. Quando verificado um caso provável, é feita a coleta de amostra para diagnóstico laboratorial, isolamento de animais, interdição da unidade epidemiológica (propriedade), verificação do trânsito e investigação de possíveis vínculos.

A Agência também promoveu, recentemente, a capacitação de profissionais em todas as Unidades Regionais do Estado, e conta com médicos veterinários com dedicação exclusiva e capacidade técnica elevada na área para atendimento das questões sanitárias.

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