Trabalhadores do Contorno Norte entram em greve e Sindicato acusa empresa de atos desumanos

Trabalhadores do Contorno Norte entram em greve e Sindicato acusa empresa de atos desumanos

Luana Dias

Funcionários de uma das empresas contratadas para a construção do Contorno Norte, em Castro, entraram em greve na manhã desta terça-feira (5). De acordo com Fabio de Souza Godin, que é secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Paraná (Sintrapav), que representa os operários, a paralisação é por tempo indeterminado e a retomada das atividades vai depender de a empresa chamar sindicato e trabalhadores para negociações.

Fabio explicou à reportagem que a empresa, responsável pela contratação desses trabalhadores veio de São Paulo e assumiu a implantação de 16 quilômetros de pista dupla, na obra do Contorno Norte. Segundo ele, a empresa não está respeitando regras da convenção coletiva, cujas negociações começaram há cerca de 40 dias. Além disso, teria se negado a concluir reuniões que tratavam do assunto, por conta disso, após serem comunicados, os trabalhadores teriam optado pela paralisação. A empresa, segundo Fabio, foi informada e teve 48 horas de prazo para retomar o diálogo, como não o fez, os operários iniciaram a greve.

As principais reinvindicações dos trabalhadores são: café da manhã para todos, e não apenas para operários alojados, cesta básica, no valor de R$ 400, cesta natalina, Participação nos Lucros e Resultados da empresa, no valor de um salário, kit mamãe bebê e disponibilidade de local adequado para os trabalhadores almoçarem. “As condições do alojamento dos trabalhadores são muito precárias, até a água disponível para eles tomarem é suja e muitos dos atos que a empresa está praticando, são atos desumanos, alguns salários estão abaixo do piso. Vale lembrar ainda que a empresa também está fazendo muita coação com os trabalhadores, eles estão fazendo a greve, a empresa não está respeitando, está ameaçando de manda-los embora, inclusive, já mandaram oito deles. No dia que fizemos a assembleia, para fazer o indicativo de greve, esses trabalhadores fizeram algumas perguntas, e no outro dia a empresa demitiu eles, como coação, para intimidar outros trabalhadores”, destacou o secretário do Sindicato.

A paralisação conta com adesão de cem por cento dos trabalhadores empregados na obra, por meio dessa empresa. A reportagem tentou ouvir representantes da empresa, no entanto, não conseguiu contato até final desta terça-feira.

Foto: Divulgação

Redação Página 1

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